Tudo igual: Dinamarca e Tunísia empataram sem gols na 1ª rodada da Copa do Mundo de 2022, no Education City Stadium, no Qatar, em partida válida pelo Grupo D, nesta terça-feira (22).
As duas seleções estiveram bem postadas, priorizando o aspecto defensivo, mas, inicialmente, as melhores oportunidades partiram da Tunísia. No final do segundo tempo, os dinamarqueses tentaram reagir e buscar a vitória. Teve bola na trave, lances polêmicos, e dois gols impedidos (um para cada lado), mas o jogo ficou no 0 a 0.
Com o resultado, Dinamarca e Tunísia levam um ponto para casa e permanecem estabilizados no grupo. Aguardam o resultado de França x Austrália, hoje, às 16h (de Brasília).
As próximas duas rodadas prometem ser decisivas. O confronto seguinte da Dinamarca será contra a França no sábado (26), às 13h. Já a Tunísia encara a Austrália, às 7h, no mesmo dia. Todos os horários oficiais de Brasília.
Foi o primeiro encontro entre as duas seleções pela Copa do Mundo. Os países duelaram uma única vez, em amistoso pré-Copa de 2002, no Japão, e a Dinamarca venceu a Tunísia por 2x1.
Para o clima do jogo, a Dinamarca enfrenta um dos ambientes mais hostis de Copa. Torcida tunisiana é maioria, vaia toda vez que rival pega na bola e todo mundo canta sem parar.
Christian Eriksen, da Dinamarca, protagonizou uma das cenas mais chocantes do futebol na última edição da Eurocopa, realizada em 2021. O meio-campista teve um mal súbito e caiu desacordado em campo durante partida contra a Finlândia, recebendo atendimento com massagem cardíaca pelos médicos no gramado.
Inicialmente, foi recomendado que Eriksen encerrasse sua carreira, mesmo quando recebeu alta médica, sete dias após o ocorrido. Depois de oito meses longe dos gramados, o atleta se sentiu confortável para voltar, e entrou em campo novamente atuando pelo Brentford, em fevereiro de 2022, na Premier League. Aos 30 anos, o dinamarquês retomou o bom nível, e se transferiu ao Manchester United na atual temporada.
"Eu morri por cinco minutos", revelou o meia em suas redes sociais, depois de se recuperar definitivamente.
A primeira boa chance partiu dos tunisianos, em chute desviado de Drager, que passou raspando a trave. As ameaças permaneceram, e, aos 22 minutos, o atacante Jebali até balançou as redes, mas foi alegado impedimento no momento da assistência.
A partida foi bastante truncada na meia hora inicial, mas, aos poucos, a Dinamarca tentou se soltar mais. Tentando tomar o controle do jogo, os atacantes encontraram espaços pelos lados. Pelo meio, sempre ficaram bem marcados pelos defensores da Tunísia.
Quem levou perigo de novo foi a Tunísia. Através de contra-ataque rápido, Jebali recebeu em profundidade e tentou fazer gol de "cavadinha", após sair cara a cara com Schmeichel, que espalmou para escanteio.
Assim como na primeira etapa, a Tunísia avançou suas linhas e pressionou a Dinamarca. Nos dez minutos iniciais, a equipe africana teve mais iniciativa e criou duas boas oportunidades, defendidas por Schmeichel.
Ao receber a bola na grande área, Damsgaard tentou cruzar, e após bate-rebate, a bola sobrou para Skov Olsen, que finalizou para o fundo do gol. A rede poderia ter balançado a favor dos dinamarqueses, mas o camisa 14 estava muito a frente dos defensores tunisianos e foi pego em posição irregular. Impedimento corretamente marcado.
Já na marca dos 25 minutos, novas ameaças da seleção europeia em lances sequenciais. Dahmen defende finalização de Eriksen. Escanteio. Cruzamento venenoso para a área, e chance desperdiçada por Andreas Cornelius. Christensen subiu na segunda trave e deixou a bola na pequena área para o centroavante apenas escorar. Resultado: bola na trave e gol incrível perdido pela Dinamarca.
Quando o jogo estava nos acréscimos, os dinamarqueses tiveram outra chance defendida pelo goleiro adversário. Lindstrom tentou alçar a bola na área, e, com um efeito incrível, quase surpreendeu Dahmen, que espalmou para escanteio.
O árbitro César Ramos foi consultar um possível pênalti a favor da Dinamarca no VAR, nos momentos finais da partida. Ao analisar um possível toque de mão do defensor tunisiano, o mexicano alegou que não houve pênalti, e mandou o jogo seguir.
Fonte: UOL