Cultura

O Papa: a educação dos jovens leve fraternidade, paz e justiça ao mundo





A mensagem de Francisco foi transmitida no encerramento do 4º Simpósio Global Uniservitate, realizado nos dias 8 e 9 de novembro em Manila.

Com o convite do Papa Francisco para construir um mundo melhor por meio de uma educação que promova a justiça e a paz, o 4º Simpósio Global Uniservitate, que reuniu especialistas em educação de todos os continentes, foi concluído nesta quinta-feira (09) na Universidade La Salle, em Manila.

Uniservitate: um programa para tornar os jovens protagonistas

Uniservitate é um programa para promover o aprendizado e o serviço solidário em instituições católicas de ensino superior que adere ao Pacto Educacional Global do Papa Francisco, buscando oferecer uma educação integral às novas gerações, envolvendo-as em um compromisso ativo com os problemas de nosso tempo para que sejam protagonistas de propostas transformadoras e promotoras da paz e da fraternidade para a mudança social.

Francisco: formar, não apenas informar

Nesta quinta-feira, antes do encerramento do segundo e último dia do Simpósio, foi lida a mensagem do Papa Francisco, na qual ele enfatizou a necessidade de "desenvolver nos jovens uma maior consciência da relação que deve existir entre as 'linguagens' da mente, do coração e das mãos". Dessa forma", disse o Papa, "os educadores poderão formar, e não simplesmente informar, aqueles que estão sob sua responsabilidade, para que todos possam aprender a pensar em harmonia com o que sentem e fazem; a sentir em harmonia com o que pensam e fazem; e a fazer em harmonia com o que sentem e pensam".

Os jovens podem construir um mundo melhor

Trata-se - observa Francisco - de uma abordagem à educação que "requer métodos criativos, interdisciplinares e transdisciplinares para ajudar os jovens a serem líderes e protagonistas na construção de um futuro melhor para toda a sociedade". Ao mesmo tempo, o Papa observa que "a importância da dimensão espiritual na educação não pode ser negligenciada", o que deve levar os jovens a "servirem o bem comum como discípulos missionários, capazes de levar a verdade transformadora, a beleza e a alegria do Evangelho a todos os membros da família humana, promovendo assim o reino de Deus de solidariedade fraterna, justiça e paz".

No próximo ano, o Simpósio será realizado na Lumsa, em Roma

As duas primeiras edições do Simpósio Global da Uniservitate, em 2020 e 2021, foram realizadas em modo virtual devido às limitações criadas pela pandemia da Covid-19. No ano passado, a terceira edição foi realizada na Universidade LUMSA, em Roma, que também sediará o 5º Simpósio Global da Uniservitate no próximo ano. Em outubro do ano passado, o Papa Francisco recebeu os alunos vencedores do Prêmio Uniservitate 2022 e os incentivou a continuar trabalhando em projetos dessa natureza.

 

- Mensagem do Papa ao 6º Fórum de Paris sobre a Paz

Por ocasiāo do 6º Fórum de Paris sobre a Paz, o Papa Francisco enviou uma mensagem assinada pelo Secretário de Estado, o cardeal Pietro Parolin.

O 6º Fórum de Paris sobre a Paz está sendo realizado na Capital Francesa, nos dias 10 e 11 de novembro. Reune representantes dos governos de vários países para chegar a acordos sobre soluções coletivas eficazes para os desafios do século XXI. O tema desta ediçāo é “Construir em conjunto num mundo de rivalidades.”

Na mensagem enviada pelo Papa e assinada pelo Secretário de Estado, o cardeal Pietro Parolin, lê-se que “Sua Santidade o Papa Francisco tem o prazer de se juntar a vocês nesta mensagem de encorajamento, na esperança de que este encontro - cujo objetivo é fortalecer o diálogo entre todos os continentes a fim de promover a cooperação e o diálogo internacionais - possa contribuir para a construção de um mundo mais justo, unido e pacífico.”  

Um sinal de esperança

Ao falar sobre o contexto global atual, com tantas guerras em curso, o desejo do Papa é que este Fórum seja “um sinal de esperança. Ele espera que os compromissos assumidos incentivem o diálogo sincero, baseado na escuta dos clamores de todos aqueles que sofrem por causa do terrorismo, da violência generalizada e das guerras, todos flagelos que beneficiam apenas determinados grupos, alimentando interesses particulares, infelizmente muitas vezes disfarçados de intenções nobres.”

Segundo o Papa “a construção da paz é um processo lento e paciente que requer a coragem e o compromisso prático de todas as pessoas de boa vontade que se preocupam com o presente e o futuro da humanidade e do planeta”, por isso “a Santa Sé reconhece particularmente o direito humano à paz, que é uma condição para o exercício de todos os outros direitos humanos.”

Ao falar sobre o 75º aniversário da adoção da Declaração Universal dos Direitos Humanos o Papa recorda que “para milhões de pessoas em todos os continentes, a lacuna persistente entre os compromissos solenes assumidos em 10 de dezembro de 1948 e a realidade ainda precisa ser superada e, às vezes, de maneira muito urgente.”

A guerra é sempre uma derrota da humanidade

Mais uma vez o Papa afirmou que “a guerra é sempre uma derrota da humanidade” e que  “nenhuma guerra vale as lágrimas de uma mãe que viu seu filho ser mutilado ou morto; nenhuma guerra vale a perda da vida de um único ser humano, um ser sagrado criado à imagem e semelhança do Criador; nenhuma guerra vale o envenenamento de nossa casa comum; e nenhuma guerra vale o desespero daqueles que são forçados a deixar sua terra natal e são privados, de um momento para o outro, de seu lar e de todos os laços familiares, de amizade, sociais e culturais que foram construídos, às vezes ao longo de gerações. A paz não se constrói com armas, mas através da escuta paciente, do diálogo e da cooperação, que continuam sendo os únicos meios dignos da pessoa humana para resolver as diferenças.”

No final da mensagem o Papa Francisco reiterou “o apelo incessante da Santa Sé para que as armas sejam silenciadas, para que a produção e o comércio desses instrumentos de morte e destruição sejam repensados e para que o caminho do desarmamento gradual, mas completo, seja resolutamente perseguido, de modo que as razões para a paz possam finalmente ser sentidas em alto e bom som!”

 

- Papa espera que Encontro Intereclesial das CEBs ajude na vida de oração das comunidades

Em mensagem assinada por dom Edgar Peña Parra, substituto para os Assuntos Gerais da Secretaria de Estado, e dirigida a dom Maurício da Silva Jardim, bispo de Rondonópolis, Francisco reconhece o empenho na organização do 15º Encontro Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), realizado em julho em Rondonópolis/MT: que a assembleia leve a um "incremento na vida de oração das comunidades e de cada membro delas".

O Papa Francisco, após um vídeo enviado em julho aos participantes 15º Encontro Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), realizado em Rondonópolis/MT, agora faz chegar a dom Maurício da Silva Jardim, bispo local, uma mensagem de "gratidão pelas expressões de comunhão eclesial" e de "reconhecimento pelo empenho na organização, preparação e realização" do encontro. A carta, datada em 2 de outubro deste ano, foi assinada por dom Edgar Peña Parra, substituto para os Assuntos Gerais da Secretaria de Estado.

A mensagem do Papa Francisco

O texto trouxe o desejo do Papa Francisco para que "os frutos dessa assembleia intereclesial levem a um incremento na vida de oração das comunidades e de cada membro delas".  O Pontífice recordou ainda o que afirmou há dois anos, no início dos trabalhos de preparação para a Assembleia dos Sínodo dos Bispos (homilia de 10 de outubro de 2021):

"Somos chamados a tornar-nos peritos na arte do encontro; peritos, não na organização de eventos ou na proposta duma reflexão teórica sobre os problemas, mas, antes de mais nada, na reserva dum tempo para encontrar o Senhor e favorecer o encontro entre nós: um tempo para dar espaço à oração, à adoração – uma oração que tanto transcuramos: adorar, dar espaço à adoração –, àquilo que o Espírito quer dizer à Igreja."

Como sinal de reconhecimento, o Papa Francisco concedeu a bênção apostólica a dom Maurício da Silva Jardim e a todos os participantes do 15º Encontro Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs).

 

- O Papa na Cop28, publicado o programa oficial da viagem a Dubai

Francisco estará na cidade dos Emirados Árabes Unidos de 1º a 3 de dezembro para participar da Conferência das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas, onde fará o único discurso programado para o sábado, dia 2. Também estão programados encontros bilaterais privados e a inauguração do pavilhão da Santa Sé na Expo City

Um único discurso, o da Cop28, uma saudação e alguns encontros bilaterais privados. A Sala de Imprensa vaticana divulgou esta quinta-feira, 9 de novembro, o programa oficial da breve viagem do Papa Francisco a Dubai, de 1º a 3 de dezembro, por ocasião da Conferência dos Estados partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas (Cop28).

O Papa partirá do Aeroporto Internacional de Roma/Fiumicino na manhã de sexta-feira, 1º de dezembro, às 11h30 locais (7h30 de Brasília), com destino a Dubai. A aterrissagem na cidade dos Emirados está prevista para as 20h25 locais no Aeroporto Internacional Dubai/World Central, onde o Santo Padre será recebido.

O discurso na Cop28

O ponto central de toda a viagem será no sábado, 2 de dezembro, quando Francisco discursará para os chefes de várias nações reunidos na Expo City na Cop28. O Papa chegará às 10 horas e fará um discurso. Às 10h30, segundo o programa, estão previstos os encontros bilaterais privados, que continuarão na parte da tarde, a partir das 15h30min.

Inauguração do Pavilhão da Fé

No domingo, 3 de dezembro, o Papa inaugurará, às 9 horas, o "Pavilhão da Fé" na Expo City, que tem seis objetivos principais na Cop28: inspirar o poder das religiões e dos líderes religiosos como agentes de mudança para a ação climática; destacar ações concretas de instituições e comunidades religiosas para conter a mudança climática com indicadores mensuráveis e um mecanismo de monitoramento; promover uma coalizão global de líderes religiosos trabalhando juntos para a ação climática; incentivar os líderes religiosos a se engajarem no diálogo político e inspirar a ambição climática entre as delegações políticas; alcançar um alinhamento histórico por trás do apelo à ação pelo clima; unificar e maximizar a ação coletiva dos atores religiosos presentes na COP 28. Uma saudação do Papa está programada para a ocasião.

Às 10h15, Francisco se transferirá para o Aeroporto Internacional Dubai/World Central para a cerimônia de despedida. A partida para Roma está programada para as 10h45; a chegada ao Aeroporto Internacional de Roma/Fiumicino será às 14h40 locais (10h40 de Brasília).

Fonte: Vatican News