Economia

Saque emergencial do FGTS ajuda no pagamento das dívidas das famílias





Desde o fim de julho, os trabalhadores podem fazer um saque emergencial nas contas do FGTS. Esse dinheiro, segundo pesquisa da Serasa vai ajudar a diminuir o endividamento familiar.

Pesquisa feita pela Serasa com 1.290 pessoas de todo Brasil, indica que o saque emergencial do FGTS será usado pela maioria para dar o aquele esperado “cala-boca no comércio”.

Desde o dia 25 de julho, é possível sacar até R$ 1.045 disponível a cerca de 60 milhões de brasileiros e, segundo apurou a Serasa,  67% dos entrevistados vai sacar o dinheiro e 52% vão usar o dinheiro para pagar dívidas. O levantamento, feito de maneira online, teve a participação de homens e mulheres entre 18 e 85 anos, com metodologia online.

Mais de 64 milhões de brasileiros estão inadimplentes, segundo dados da Serasa, e o dinheiro deve fazer a diferença para quem quer evitar o nome sujo na praça. Conforme mostrou a análise da VOCÊ S/A, o saque do FGTS só vale a pena para amortizar dívidas. E isso vale para qualquer dívida. Mas, em termos de ganhos financeiros, trocar o FGTS por outras aplicações é perda de dinheiro já que o rendimento do Fundo é pelo menos 50% maior que o de outras aplicações seguras.

 “O saque emergencial de até R$ 1.045,00 vai desempenhar um papel muito importante na organização do orçamento das famílias brasileiras, que já encontram dificuldade com as despesas básicas do dia a dia, complicando ainda mais a vida financeira se estiverem com dívidas”, diz, em nota, Jéssica Vicente, especialista em pesquisa e comportamento do consumidor da Serasa.

Seguindo as recomendações de isolamento social, mais da metade, 55%, optou por crédito na poupança digital por meio do aplicativo Caixa Tem e 45% deram preferência  pelo saque em dinheiro ou transferência bancária.

O escalonamento do pagamento de acordo com o mês de aniversário é um ponto em que os entrevistados se dividem. A pesquisa indica que 46% prefeririam que o benefício fosse liberado ao mesmo tempo para todos. Dois terços dos entrevistados não vão receber o dinheiro de forma ágil.