Cotidiano

Caesa anuncia melhorias no fornecimento de água no estado





 

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Na última quinta-feira (22), a Companhia de Água e Esgoto (Caesa) anunciou a entrega da obra de ampliação da Estação de Tratamento de Água Metropolitana (ETAM) para o mês de maio. O objetivo é aumentar a cobertura de água tratada à população amapaense através de obras, projetos e parcerias com as prefeituras de outros municípios.

As obras estão orçadas em R$ 19 milhões, provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal e de contrapartida do Governo do Amapá, e consistem na construção de um terceiro módulo de tratamento na área da estação e do reservatório semienterrado de 10.000 metros cúbicos, acoplados à Estação Elevatória de Água Tratada (EEAT) estará ligada ao Centro de Reservação Felicidade, localizado na Zona Norte, que também está sendo ampliado.

De acordo com o Governo do Estado, 90% das obras estão concluídas, e quando começarem a funcionar, devem promover um aumento na armazenagem da água, de 6 milhões para 26 milhões de litros, melhorando a qualidade da distribuição de água em pelo menos 26 bairros da capital, entre eles Renascer, Pantanal e Infraero I e II. A obra do centro na Zona Norte tem previsão de entrega para junho.

De acordo com, diretor-presidente da Caesa, Valdinei Amanajás, para a Zona Oeste de Macapá e em áreas da Zona Norte, está sendo trabalhado planejamento para outra importante obra para os próximos dois anos, que seria a ampliação da rede de distribuição.

O orçamento dessa obra seria de R$ 140 milhões, oriundos da etapa 2 do PAC. Inicialmente, foram disponibilizados R$ 3,6 milhões para a execução do projeto executivo, que já está em andamento, segundo Amanajás. “Já licitamos a empresa e até o fim do ano teremos esse projeto pronto, que passará pela análise da Caixa Econômica Federal. A partir da aprovação do projeto, será liberado o valor para que possamos licitar a empresa que ficará responsável pela execução da obra. Nossa expectativa é que esse processo inicie em 2019”, explicou.

A estudante Dayane Aguiar, residente do bairro Infraero 2, diz que é importante que um serviço de qualidade chegue aos moradores de bairros distantes. “Para a gente que mora longe não é fácil viver sem água, mas fico feliz que ainda esse ano a gente vai ter uma melhoria aqui no bairro com essas obras prontas. Uma água bem tratada é essencial para nossa saúde, principalmente das crianças”.

A previsão é que até o ano de 2021 a cobertura de residências com água tratada aumente consideravelmente de 45% para 80% apenas na capital.

Santana e demais municípios

A estudante Karina Pacheco, que mora no bairro remédios II, em Santana, enfrenta vários problemas com a falta de água. “Todo dia falta água, quando tem de manhã já sabemos que vai faltar à tarde e demora muito a voltar, quando ela aparece já vem suja”.

No município, o projeto que prevê a construção de um sistema de abastecimento de água no bairro do Ambrósio foi finalizado e deverá atender parte da área portuária. Porém, o governo ainda busca recurso para o início da obra orçada em R$ 3 milhões.

Há outros projetos a serem executados no município em 2018. Um deles é a construção de um poço de grande profundidade para ser ligado ao sistema do bairro Fonte Nova, que deverá melhorar o serviço não só neste bairro como no bairro Paraíso e em parte do Centro da cidade.

A obra ainda está em fase de planejamento junto à diretoria técnica da Caesa e tem prazo previsto para ser executado no segundo semestre de 2018.

Foi garantido também em 2018, R$ 1,6 milhão para a construção de um sistema de abastecimento de água no distrito de Anauerapucu, pertencente a Santana. A obra deve iniciar no segundo semestre.

Nos demais municípios, a companhia busca a cooperação técnica com as prefeituras de Oiapoque, Laranjal do Jari, Mazagão, Calçoene, Pedra Branca, Pracuúba e Ferreira Gomes e também com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), para encontrar formas de dar assistência aos municípios na melhoria do fornecimento de água, tanto na área urbana quanto nas comunidades da área rural.

 Luciana Cordeiro