Política

Com maioria dos candidatos fora do 2º turno, Bolsonaro minimiza apoios





Dos seis candidatos a prefeito apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro em capitais, nenhum foi eleito neste domingo (15) e dois irão disputar o segundo turno: Marcelo Crivella (Republicanos), no Rio, e Capitão Wagner (Pros), em Fortaleza. Ambos irão para o segundo round tendo obtido as segundas maiores votações em suas cidades.

O deputado federal Celso Russomanno (Republicanos) ficou na quarta colocação com 10,5% dos votos em São Paulo, enquanto Bruno Engler (PRTB) ficou em segundo lugar em Belo Horizonte, com 9,95% dos votos válidos. Em Recife, a Delegada Patrícia (Podemos) também ficou de fora do segundo turno, tendo recebido 14,06% dos votos válidos. Em Manaus, seu candidato, Coronel Menezes (PSC), amargou a quinta posição, com 11,32% dos votos válidos.

Ao comentar os resultados, Bolsonaro escreveu no Twitter que sua ajuda “a alguns poucos candidatos a prefeito resumiu-se a 4 lives num total de 3 horas”. Ele também pontuou que o apoio de Geraldo Alckmin (PSDB) a João Doria em 2016 não se traduziu em votos para Alckmin nas eleições presidenciais de 2018. O tucano sequer disputou o segundo turno naquele ano.

Ainda, Bolsonaro considerou que a esquerda sofreu uma histórica derrota nessas eleições, “numa clara sinalização de que a onda conservadora chegou em 2018 para ficar”.

Ontem (14), Bolsonaro divulgou uma lista em seu Facebook com nomes de candidatos que apoia. Horas depois, a publicação foi apagada. Desde o fim de outubro, Bolsonaro promoveu o que ele mesmo chamou de “horário eleitoral gratuito”, em que divulgava nomes e números de candidatos que apoiava em várias cidades do país. As lives foram questionadas por candidatos de oposição, que acusaram Bolsonaro de utilizar a estrutura presidencial para fazer propaganda política.

Além dos candidatos a prefeito de capitais, o chefe do Executivo também fez campanha por diversos candidatos a vereador. Entre eles, seu ‘filho 02’, Carlos Bolsonaro (Republicanos), que foi eleito com mais de 35 mil votos a menos que em 2016.

Fonte: Congresso em foco