Dois dias depois da primeira aprovação de uma vacina anti-Covid no Reino Unido, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde falou em luz no fim do túnel. Mas reforçou que todos precisam continuar tomando cuidado.
Um alívio cauteloso. Tedros Adhanom disse que a aprovação da vacina da Pfizer e da BioNTech, no Reino Unido, é um passo científico importante para o mundo. Mas destacou que a OMS está preocupada com a crescente percepção de que a pandemia acabou. Ele avisou que, mesmo quando as vacinas forem lançadas, as pessoas vão precisar continuar seguindo as medidas de saúde pública.
O chefe da OMS também mostrou preocupação com a preparação dos governos para receber as vacinas. Tedros Adhanom pediu que os países avaliem possíveis pontos fracos, por exemplo, a questão de refrigeração das doses, definam os grupos que terão prioridade, treinem profissionais e, se for o caso, criem leis para agilizar o processo.
Companhias aéreas europeias estão voando contra o tempo para vencer o desafio logístico. Além de 17 aviões de carga, a principal empresa alemã vai adaptar aviões de passageiros para acelerar as entregas. Vários governos já detalharam os planos para a vacinação nos próximos meses. Entre eles, o de Portugal, que prometeu imunizar 10% da população: um milhão de pessoas, de janeiro a abril. Apesar da boa notícia, o primeiro-ministro, António Costa, usou palavras parecidas com as da OMS.
“Temos mesmo uma luz ao fim do túnel, mas é essencial compreender que o túnel ainda é muito comprido”, destacou.
Fonte: G1