Saúde

Vacinas não são capazes de impedir sequelas do novo coronavírus





Perda de olfato, paladar e memória. Falta de apetite. Recuperar-se da Covid-19 ainda está longe de ser um passaporte para se ver livre da doença. Segundo um estudo feito na Itália e publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA), pouco mais de 87% dos 143 pacientes avaliados relataram que pelo menos um sintoma do novo coronavírus persistiu depois de dois meses após as altas.

As notificação de casos de reinfecção mostraram que ninguém está imune ao vírus. No último domingo (17), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial das vacinas Cononavac e a de Oxford em parceria com o laboratório  AstraZeneca, dando um sopro de esperança para todos que estão ansiosos para voltar à vida normal. No entanto, é preciso saber que o imunizante não evita as sequelas em caso de contaminação.

“Estes sintomas são complicações clínicas. O que muda com a vacina é que os sintomas serão mais leves e não deve ter internação hospitalar”, explica Sergio Cimerman, médico infectologista do Instituto Emílio Ribas e coordenador científico da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

Trocando em miúdos: quem for vacinado e contrair o vírus terá as mesmas complicações clínicas, só não terá o risco de internação. Ou seja, terá uma versão mais branda da doença.

“A vacina não vai erradicar o vírus, ela vai diminuir a transmissibilidade e o impacto da doença grave”, explica. “Se a gente relaxar com essas medidas [uso de máscara, isolamento e álcool em gel], toma vacina e relaxa, a gente ainda tem risco dessa transmissão continuar acontecendo entre nós. Esse que é o grande problema”, diz.

Fonte: CNN Brasil