Saúde

Mais de 73 mil amapaenses sofrem de doenças crônicas





 

Uma das mais recorrentes seria a hipertensão, doença que pode ser evitada ou tratada com pequenas mudanças de hábito e exercícios físicos. Os agravantes das doenças representam mais de 50% de mortes no estado.

 

Do total de 751.000 habitantes, cerca de 73 mil habitantes do Amapá sofrem com alguma doença crônica, é o que aponta o Sistema de Informações de Atenção Básica (Siab), do Ministério da Saúde. De acordo com informações do Governo do Estado do Amapá (GEA), essas doenças poderiam ser evitadas facilmente com exercícios físicos.

Em 2015, 73.176 amapaenses foram identificados com alguma Doença Crônica Não Transmissível (DCNT). Os dados também apontam que, desse total, os agravantes dessas doenças são responsáveis por 56% das mortes em todo o estado.

Entre essas doenças estaria a hipertensão, que consiste na elevação da pressão arterial, considerada grave quando está acima de 18/12. Por não apresentar sintomas, é mais difícil fazer o diagnóstico, porém, ao longo do tempo a hipertensão pode causar problemas de saúde como doenças cardíacas e acidente vascular cerebral (AVC). Por isso, deve ser tratada.

Para conscientizar a população sobre o problema, foi criado o Dia Nacional de Combate à Hipertensão, lembrado no dia 26 de abril. Segundo o GEA, um levantamento da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) revelou que as DCNTs como hipertensão, diabetes, renais, problemas circulatórios e câncer, representaram quase 20% das internações da rede pública de saúde aqui no estado.

A chefe da Referência Técnica para a Rede de DCNTs, Diane Sandim, em entrevista concedida ao portal do GEA, disse que as principais causas da hipertensão estão ligadas aos costumes diários.

“Os fatores de risco estão muito relacionados ao nosso estilo de vida como o consumo de cigarro, excesso de peso, consumo de carne com excesso de gordura, alimentos enlatados e embutidos, os refrigerantes, inatividade física, abuso de bebidas alcóolicas”, explicou Sandim.

Porém, a hipertensão pode ser controlada ou evitada com pequenas atitudes, como mudanças na alimentação, diminuindo por exemplo, a quantidade de sal na comida, praticando com regularidade exercícios físicos e, no caso de pessoas que já tem o diagnóstico, tomando os medicamentos corretos receitados por um profissional da saúde.

Diane ainda ressaltou ao portal que, por meio das Unidades Básicas da Saúde (UBSs), de responsabilidade dos municípios, deve ser feita a introdução desses pacientes na rede pública, pois, as UBS’s fornecem os medicamentos e fazem o acompanhamento e o controle da doença.

Luciana Cordeiro