Polícia

Desvio na Alap: operação realiza nova fase e prende empresário





 

Homem é acusado de integrar grupo que teria desviado R$ 9 milhões da Alap entre 2013 e 2014. O valor teria sido subtraído de forma ilegal através de pagamentos realizados para uma empresa de construção civil.

 

O Ministério Público do Amapá (MP/AP) prendeu temporariamente, na manhã de sexta-feira (1º), o empresário Felipe Edson Pinto. A ação complementar dá continuidade às investigações da ‘Operação Acrópole’, deflagrada em 2016, relacionada ao desvio de aproximadamente R$ 9 milhões da Assembleia Legislativa do Amapá (Alap), entre 2013 e 2014.

Além da prisão temporária, o Grupo de Atuação Especial para Repressão ao Crime Organizado (GAECO) do MP cumpriu dois mandados de busca e apreensão na residência e empreendimento do empresário, localizadas em Macapá.

De acordo com o MP, a ação apura práticas de crimes por agentes públicos e particulares, que, em conjunto, promoveram desvio e lavagem de dinheiro da Alap. Segundo as investigações, cerca de R$ 9 milhões foram desviados através de pagamentos realizados para uma empresa de construção civil.

Em nota, a defesa do empresário alegou que não ainda não teve acesso à justificativa da prisão temporária, mas que irá recorrer e pedir revogação do ato. Segundo o advogado, a medida cautelar foi desnecessária, tendo em vista, que seu cliente possui residência fixa e sempre contribuiu com informações à Justiça.

Operação Acrópole

Em dezembro de 2016, o Ministério Público do Amapá cumpriu sete mandados de prisão preventiva por cinco dias, três de condução coercitiva e nove mandados de busca e apreensão. Na época, dois mandados haviam sido cumpridos nas residências dos deputados Júnior Favacho e Charles Marques.

Segundo investigações do MP, o pagamento era efetuado mediante a emissão de pelo menos cem cheques assinados por Júnior Favacho, que na época era presidente interino da Alap. O dinheiro era destinado a empresa de construção civil, mas as investigações apontam que não houve a prestação do serviço.

Na época o deputado estadual Charles Marques disse ao portal de notícias G1 que assinava os cheques de despesas enquanto era primeiro-secretário da Casa. Segundo ele, os documentos eram assinados na “boa fé” apenas como medida administrativa para liberação de pagamentos e não tinha o papel de fiscalizar se as empresas contratadas prestavam o serviço.

Durante a operação foram presos Marcelo Seabra, Denis Almeida Azevedo, Arlindo Silva de Oliveira Neto, Frank Góes, João Paulo Bentes, Rogério Marques e Daniel Dias, sendo que os três últimos tiveram prisão revogada e não cumpriram o prazo de cinco dias.

Redação