Cotidiano

Índice de mortes no trânsito caiu 7% no Amapá





 

Queda foi registrada entre 2018 e 2017, período de vigência da Lei Seca, resultando saldo positivo para o estado. Dados são do Ministério da Saúde.

 

Dados colhidos através da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, mostram que no período de 2011 para 2017, a frequência de pessoas, em Macapá que conduzem veículos motorizados após consumir bebidas alcóolicas manteve-se estável. No Brasil a frequência desse hábito aumentou em 16%.

No estado do Amapá, caiu 7% o número de mortes por acidentes de trânsito entre 2018 e 2017, no período de vigência da Lei Seca

Em 2011, a frequência de motoristas que admitiram dirigir sob efeito de álcool era de 8,9%. O índice caiu para 7,7% em 2017, mas não é possível dizer que houve aumento devido as oscilações entre os anos. Os homens ainda são os que mais se arriscam no estado. Dentro desse último índice representam 12,4% da população, enquanto as mulheres 3,2%. Quando analisado o Brasil no mesmo ano, o fato não muda, os homens representam 11,7% enquanto que as mulheres são 2,5%.

O Vigitel é uma pesquisa realizada em todas as capitais do país, por telefone, com adultos maiores de 18 anos. Em Macapá, foram entrevistadas 1.439 pessoas entre fevereiro a dezembro de 2017. Dessas 559 eram homens e 880 mulheres.

A pesquisa foi realizada na mesma semana que a Lei Seca completa 10 anos de vigência no país.

Lei Seca

No dia 19 de junho de 2008 era promulgada a Lei nº 11.705, também chamada de Lei Seca. A lei busca tentar coibir a ingestão de álcool antes de dirigir. Além de proibir qualquer consumo de álcool, essa lei também proíbe a venda de bebidas alcoólicas ao longo de rodovias federais.

Quando foi sancionada, a Lei permitia 0,1 mg/l de álcool por litro de sangue, mas, atualmente, a tolerância é de 0,05 mg/l. Em relação aos exames de sangue, eles poderiam acusar até 2 decigramas de álcool, mas agora nenhuma quantidade é tolerada.

Hoje, o condutor que ingerir qualquer quantidade de bebida alcoólica e for submetido à fiscalização de trânsito está sujeito à multa, considerada gravíssima, no valor de R$ 2.934,70, terá o carro apreendido e a suspensão do direito de dirigir por 12 meses. Em caso de reincidência, o valor da multa é dobrado.

Quando o condutor estiver realmente embriagado, com níveis de álcool acima de 0,3 mg/l, o motorista corre o risco de ser preso, por um período de detenção de 6 meses a 1 ano.

Mortes no Trânsito

De acordo com dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, um dos impactos positivos no período de vigência da Lei Seca é a redução em mais de 7% do número de mortes por acidentes de trânsito no Amapá. Em 2008, quando a lei foi implementada, o SIM registrou 91 óbitos por essa causa. Em 2017, dados preliminares já apontam uma redução com 84 casos registrados.

A redução é ainda mais representativa se comparado ao ano de 2012, quando a Lei Seca sofreu sua primeira alteração, tornando-se mais rígida com o aumento da multa para condutores flagrados dirigindo alcoolizados. Em 2012, 124 pessoas morreram vítimas de acidentes no trânsito. Comparado a 2017, a frequência caiu em 32%.

No Brasil, a redução de 14,7% no número de mortes por acidentes de trânsito no país. Em 2008, foram registradas 38.273 mortes enquanto que em 2017, dados preliminares, já apontam a queda para 32.615 casos devido à mesma causa. Quando comparado a 2012, o índice reduz em 28,2%, ano que foi marcado pela morte de 44.812 pessoas. Os estados que mais registraram essa queda foram o Distrito Federal (40,6%), São Paulo (35,65%), Paraná (22,7%), Santa Catarina (20,5%), e Mato Grosso do Sul (18,8%). Em contrapartida houve o aumento da mortalidade no Tocantins (27,8%), Piauí (27,5%), Maranhã (17,5%) e na Bahia (15,6%).

Redação