Saúde

Três municípios apresentam situação de risco em relação à dengue, zika e chikungunya





 

Outros quatro estão em situação de alerta, segundo os dados do LIRAa 2018

 

Dos 16 municípios do estado do Amapá, 15 participaram do novo Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) de 2018. Desse total, três estão em risco de surto das doenças e quatro aparecem em alerta. A capital do estado, Macapá, com cerca de 500 mil habitantes, está entre os municípios em situação de alerta.

Os municípios de Amapá, Cutias do Araguari, Vitória do Jari, Santana, Tartarugalzinho, Itaubal, Mazagão e Calçoene apresentaram índice satisfatório na pesquisa. Já Macapá, Serra do Navio, Laranjal do Jari e Pedra Branca do Amapari expressaram situação de alerta. Em situação de risco, encontram-se os Oiapoque, Porto Grande e Ferreira Gomes. O único município que não participou do levantamento foi Pracuúba, localizado ao Norte do Estado.

Os 7 municípios amapaenses estão entre os 1.153 municípios brasileiros (22%), que apresentaram um alto índice de infestação, com risco de surto para dengue, zika e chikungunya, segundo os dados do LIRAa. Com isso, o Ministério da Saúde alerta para a necessidade de intensificar as ações de combate ao Aedes aegypti durante o ano inteiro.

Ao todo, 5.191 municípios realizaram algum tipo de monitoramento do mosquito transmissor dessas três doenças, sendo 4.933 por levantamento de infestação (LIRAa/LIA) e 258 por armadilha. A metodologia da armadilha é utilizada quando a infestação do mosquito é muito baixa ou inexistente.

Segundo o Governo Federal, as ações de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti são permanentes e tratadas como prioridade. Para isso, o Ministério da Saúde tem garantido orçamento crescente aos estados e municípios. Os recursos para as ações de Vigilância em Saúde cresceram nos últimos anos, passando de R$ 924,1 milhões em 2010 para R$ 1,94 bilhão em 2017.

Para 2018, a previsão é que o orçamento dessa área chegue a R$ 1,9 bilhão. Este recurso é destinado à vigilância das doenças transmissíveis, entre elas dengue, zika e chikungunya. O recurso é repassado mensalmente a estados e municípios.

Em 2018, até o dia 21 de abril, foram notificados 344 casos prováveis de dengue no Amapá, uma redução de 44% em relação ao mesmo período de 2017 (607). Em relação à chikungunya, foram registrados 75 casos prováveis. O aumento é de 10% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 68 casos. Também foram registrados 5 casos prováveis de zika no estado, o mesmo número período de 2017.

Os bairros localizados na Zona Norte da capital e o distrito da Fazendinha expressaram os maiores índices de criadouros. O maior número de depósitos encontrados foi em lixo, como recipientes plásticos, garrafas PET, latas, sucatas e entulhos de construção. 

Durante as ações de fiscalização, a população deve atentar em relação à identificação dos fiscais: crachá e uniforme, com colete ou a camisa padrão vermelha, com a logo Dia D. Em caso de qualquer tipo de dúvidas sobre o procedimento, o proprietário do imóvel pode entrar em contato com a Semsa, através do telefone 991211641.

LIRAa

Segundo o Ministério da Saúde, o LIRAa é um instrumento fundamental para o controle do vetor e das doenças (dengue, zika e chikungunya). Com base nas informações coletadas, o gestor pode identificar os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito, bem como o tipo de criadouro predominante. O objetivo é que, com a realização do levantamento, os municípios tenham melhores condições de fazer o planejamento das ações de combate e controle do mosquito.

Redação