Política

Deputados federais do AP gastaram R$ 4 milhões para se eleger em 2014





 

Segundo levantamento, cada deputado precisou, em média, de R$ 520 mil para se eleger. Apesar do valor, o Amapá foi o estado mais contido em gastos se comparado com os demais.

 

Em 2014, a população amapaense elegeu oito deputados federais para representar o estado em Brasília. Um levantamento realizado pelo Congresso em Foco, com informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aponta que os parlamentares gastaram, juntos, R$ 4.172.301,00 durante as campanhas eleitorais do referido ano.

Entre os eleitos, Vinicius Gurgel (PR) foi o que mais investiu em sua campanha, usando cerca de R$ 2.673.124 milhões para se eleger. Em seguida aparece a deputada Janete Capiberibe (PSB), que investiu R$ 342.471 mil. Professora Marcivânia (PCB) e Marcos Reategui (PSD) tiveram quase os mesmo valor de gastos, de R$ 305.940 e R$ 305.660 mil, respectivamente.

Jozi Araújo (Podemos) gastou R$ 228.829 enquanto que André Abdon (PP) usou R$ 115.974. Os deputados Roberto Góes (PDT) e Cabuçu (MDB) foram os que menos investiram em suas campanhas, com gastos de R$ 106.325 e R$ 93.978, respectivamente.

A nível nacional, foram eleitos 513 deputados federais numa campanha que custou R$ 1,53 bilhão, com gasto médio entre os deputados foi de R$ 341 mil. Deste total, R$ 974 milhões referem-se aos deputados eleitos e R$ 557 milhões aos que não conseguiram se eleger.

Entre os estados, Goiás foi o que mais gastou, onde cada candidato custou, em média, R$ 1 milhão. Em contrapartida, o Amapá foi o menos a investir nas campanhas, cada candidato teve, em média, um gasto de R$ 110 mil. Se contar somente os eleitos, o gasto foi de R$ 500 mil.

Todos os 513 candidatos eleitos tiveram 58.134.351 votos. Com base no levantamento, cada voto custou em média R$ 16.80. Entre os deputados federais do Amapá, os votos que mais custaram foram de Vinicius Gurgel, uma média de R$ 143,20 para cada voto recebido. Em contrapartida, cada voto dado a Roberto Góes custou apenas R$ 4,80.

Dos demais deputados, cada voto custou o seguinte valor: R$ 24,50 por voto em Marcos Reategui; R$ 22,90 por voto em Jozi Araújo; R$ 18,90 por voto na professora Marcivânia; R$ 16,20 por voto na Janete Capiberibe; R$ 8,40 por voto em André Abdon e R$ 5 por voto em Cabuçu.

De acordo com o site, os valores da prestação de contas oferecidos pelos candidatos já estão corrigidos com base na inflação do período, de outubro de 2014 a abril de 2018. O cálculo foi feito usando o IPCA, índice calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Vale ressaltar que os valores apresentados não refletem o volume de recursos arrecadados e das despesas da eleições de 2014. Além disso, a eleição de um deputado não depende exclusivamente de seu investimento na campanha, mas também de outros fatores como o número de cadeiras em disputa no estado e o grau de competição entre os concorrentes.

Novas Regras

A partir deste ano entra em vigor um novo modelo de financiamento. Esse modelo traz o fim das doações empresariais para as campanhas, a criação do fundo eleitoral, e o estabelecimento de um teto de gastos para cada cargo. Um candidato a deputado federal, por exemplo, só poderá gastar até R$ 2,5 milhões. A previsão é que seja investido em torno de R$ 1,3 bilhão nas eleições 2018.

Redação