Saúde

Macapá possui a maior taxa de incidência de casos de Hepatite A entre as capitais brasileiras





 

Mesmo com a diminuição de 0,4% em relação aos dados apresentados pelo o Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais 2017, as regiões Norte e Nordeste seguem concentrando o maior número de casos de Hepatite A.

 

Nesta semana, foi publicado o Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais 2018.  Nele estão contidas informações atualizadas até 2017 sobre os casos de hepatites virais no Brasil, detalhadas segundo variáveis selecionadas, por região e por Unidade da Federação.  Macapá possui a maior taxa de incidência de casos de Hepatite A entre as capitais brasileiras.

O documento é uma publicação do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais, da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde (DIAHV/SVS/MS). Segundo ele, as hepatites virais constituem um enorme desafio à saúde pública em todo o mundo. Elas são responsáveis por cerca de 1,4 milhão de óbitos anualmente, como consequência de suas formas agudas graves ou, principalmente, pelas complicações das formas descompensadas crônicas ou por hepatocarcinoma.

Mesmo com a diminuição de 0,4% em relação aos dados apresentados pelo o Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais 2017, as regiões Norte e Nordeste seguem concentrando o maior número de casos de Hepatite A. Elas reúnem 56,2% de todos os casos confirmados no período de 1999 a 2017. As regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste representam 17,1%, 15,5% e 11,3% dos casos do país, respectivamente. Segundo as Unidades da Federação, Amazonas e Paraná são os estados que mais concentram casos de hepatite A, com 8,6% e 7,4% de todos os casos do país, respectivamente, enquanto Sergipe é o estado que apresenta o menor volume de casos notificados, totalizando 0,9%.

Em 2017, entre as 27 capitais brasileiras, 8 apresentaram taxa superior à nacional (1,0 caso por 100 mil habitantes), a citar em ordem decrescente: Macapá-AP (6,0), São Paulo-SP (5,8), Florianópolis-SC (2,7), Rio de Janeiro-RJ (2,2), Manaus-AM (1,8), Boa Vista-RR (1,5), Curitiba-PR (1,2), Maceió-AL (1,1). Belém apresentou a menor taxa de incidência dentre as capitais com casos notificados, com 0,7 casos por 100 mil habitantes em 2017. João Pessoa-PB e Vitória-ES não apresentaram nenhum caso notificado nesse ano.

No Brasil, desde 2007, a taxa de incidência de hepatite A tem mostrado tendência de queda, passando de 7,1 casos para 1,0 por 100 mil habitantes em 2017 – uma redução de 85,7%. Dividindo as análises por região, nota-se uma similar tendência de diminuição no país, com exceção da região Norte, que, mesmo em queda, apresentou maiores taxas e variações, e da região Sudeste, que no último ano apresentou uma elevação.

Ao final do período analisado, as taxas observadas nas regiões Nordeste, Sul e Centro-Oeste não ultrapassaram 0,7 casos por 100 mil habitantes, ao passo que nas regiões Sudeste e Norte, foram, respectivamente, de 1,6 e 1,1 casos por 100 mil habitantes.

Redação