Cotidiano

Diagro e produtores rurais intensificam controle de doença fatal em equinos





 

Entre 2013 e 2017, a enfermidade, que não tem vacinas, atingiu 243 animais

 

A Agência de Defesa e Inspeção Agropecuárias do Amapá (Diagro) e produtores rurais do estado travam uma batalha no combate da anemia infecciosa, vírus que é transmitida para equinos de todos os grupos, cavalos, jumentos e burros. Em 100% dos casos a infecção do vírus é fatal. Entre 2013 e 2017, a enfermidade que não tem vacinas, atingiu 243 animais.

A anemia infecciosa atinge o animal em três fases: aguda, crônica e assintomática. A aguda é quando o animal recebe o vírus. Depois, chega a fase crônica, onde ele apresenta inchaço nas partes baixas, na barriga, no peito. Ele melhora, volta a adoecer. Já a fase assintomática é quando o animal tem o vírus, mas não aparenta estar doente. As três fases levam a óbito.

O trabalho conjunto entre Diagro e produtores, inclui em buscas ativas nas propriedades, orientando e intervindo, caso necessário.

"Qualquer animal apresentado como positivo para anemia tem que ser ‘eutanasiado’, tem que ser eliminado dentro de uma técnica prevista no Conselho Federal de Medicina Veterinária, porque esse animal constitui em risco para outros animais", explicou José Renato Ribeiro, diretor-presidente da Diagro.

Com um rebanho equino de quase 15 mil animais, o combate foi intensificado para erradicar as enfermidades no estado. O que representa um forte impacto das espécies na economia do estado, principalmente o cavalo, usado no campo, corridas e exposições.

Como forma de aumentar a identificação dos casos, a Diagro desenvolve desde 2016 a distribuição de uma maior quantidade de exames aos produtores. O que permitiu um panorama maior da infestação da doença nas propriedades rurais do estado.

"O Amapá superou a febre aftosa, mas o Brasil ainda precisa aumentar a sua intensificação com outros animais, aí entra cavalo, suínos, aves e outros de aptidão econômica", completou Ribeiro.

Além da anemia infecciosa, transmitida através de sangue contaminado, a Diagro atua no combate de outra doença nos equinos, o mormo, que apesar da preocupação, ainda não apresentou casos no Amapá.

Inspeção em Mazagão

Entre as medidas para evitar a proliferação das doenças, foram inspecionados os 40 animais que vão participar das celebrações da Festa de São Tiago, em Mazagão. Os animais serão usados na encenação centenária da tradicional batalha entre mouros e cristãos.

Os cavalos foram inspecionados e autorizados a atuar no evento. Entre as medidas, foram exigidas documentação, atestado sanitário negativo para as doenças e o guia de trânsito animal.

 Redação