Saúde

Amapá recebe 140 mil vacinas contra sarampo e poliomielite





 

Doenças consideradas erradicadas se tornam epidemia no Brasil. campanha nacional de vacinação buscará prevenir a população.

 

Recentemente, o Brasil voltou a sofrer com doenças que já eram consideradas erradicadas pela Saúde. Casos de sarampo e poliomielite se tornaram epidemia em várias regiões do país, principalmente nos estados do Amazonas e Roraima. Com o objetivo de prevenir a população, o Amapá recebeu 140 mil doses de vacinas do Ministério da Saúde.

As doses chegaram nesta sexta-feira (20) e serão distribuídas aos municípios para a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Sarampo, que ocorrerá no período de 6 a 31 de agosto. No dia 18 de agosto acontecerá o Dia Nacional de Mobilização, conhecido como Dia D. O público alvo da campanha são crianças na faixa etária de 1 a menor de 5 anos de idade.  

De acordo com o Governo do Estado do Amapá (GEA), as doses estão sendo entregues na Unidade de Imunobiológicos da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), em Macapá.

A partir da próxima semana, estará sendo disponibilizado 73 mil doses contra a poliomielite e 70,5 contra o sarampo.

De acordo com a chefe da unidade de Imunobiológicos da SVS, Andréa Marvão, é fundamental que os pais garantem a atualização da caderneta vacinal de suas crianças.  “Doenças como o sarampo podem deixar sequelas nas crianças, como diminuição da capacidade mental, cegueira, surdez e retardo do crescimento”, explicou Marvão. 

A gestora reforçou que é necessário que o Amapá alcance uma taxa de cobertura de 95% para garantir que casos de sarampo não sejam registrados no estado. Em 2018, seis estados já registraram casos da doença.

Em 2017, a cobertura vacinal contra o sarampo foi de 75% e a cobertura a poliomielite foi de 62% de alcance do público alvo.

Mazagão em alerta

Sem registrar casos há 28 anos, o Brasil poderá enfrentar um grande surto de poliomielite, conhecida também como paralisia infantil, informou o Ministério da Saúde (MS). De acordo com o órgão, há 312 municípios brasileiros com risco da doença, entre eles está Mazagão, no Amapá.

Segundo o Ministério da Saúde, a ameaça existe em todos os locais com coberturas abaixo de 95%, mas está mais crítica nessas 312 localidades. O risco da doença voltar se dá devido à resistência de pais e mães em vacinarem os filhos. Mazagão apresentou 48,70% de cobertura vacinal.

Com o objetivo de evitar o surto, o Ministério da Saúde orientou gestores locais para organizar as redes de prevenção, incluindo readequação de horários mais compatíveis com a rotina da população. Além disso, a pasta recomenda que deve ser feito o reforço das parcerias com creches e escolas.

Redação