Economia

Pelo segundo mês consecutivo, índice de desemprego cresce no estado





 

Em comparação com o mês de maio, junho teve um saldo negativo de -14,47% no número de desligamentos. Ou seja, mais pessoas foram desligadas que admitidas no mês passado.

 

O Ministério do Trabalho divulgou nessa semana, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referente ao mês de junho. A pesquisa buscou focar nas regiões metropolitanas do Amapá.

Nesse mês, Macapá teve 1.310 admissões em empregos formais e 1.659 desligamentos. Em comparação com o mês de maio, junho houve um acréscimo de 0,15% na criação de novos postos de trabalho.

Em relação aos desligamentos, em comparação com o mês de maio, junho teve um saldo negativo de -14,47% no número de desligamentos. Em números representa -344 vagas. Ou seja, mais pessoas foram desligadas que admitidas no mês passado.

No ano, até o mês de junho são 9.198 pessoas admitidas, contra 8.056 desligadas. Levando em conta esses dados, foram 1.142 vagas de trabalho ocupadas. Podendo afirmar que o primeiro semestre de 2018 fechou com saldo positivo na geração de emprego.

Desempenho Nacional

No Brasil, o saldo de empregos também ficou negativo, depois de três anos obtendo resultados positivos, o mês de junho fechou com -661 de postos de trabalho ocupados. Essa foi a primeira de queda desde 2015, quando o mês registrou -111.199.

Em abril, o país havia criado 121.146 empregos, mas em maio o número já havia caído expressivamente para 33.659 postos de trabalho.

No comparativo de 12 meses, junho permanece caindo o número de emprego formal, ficando com saldo negativo em compara com abril e maio. É terceira vez que o número fica negativo no período de um ano. O último resultado negativo foi registrado em dezembro de 2017, quando o Brasil perdeu 340.087 empregos com carteira assinada.

Os dados divulgados pelo Caged servirão de assunto a ser pautado pelos pré-candidatos a presidência. A geração de empregos é a principal preocupação do brasileiro na hora de decidir o futuro do país.

Acordo Bilateral

Corre desde 2015 uma discussão sobre a abertura do livre comércio entre a União Europeia e os países que fazem parte do Mercosul, Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. A negociação prevê o fim da cobrança da taxa de 35% de importação dos produtos industrializados da União Europeia pelos países do Mercosul por um período de 15 anos.

Com isso, o Brasil e os países vizinhos oferecem suas commodities, que são os produtos de baixo valor agregado, em troca de bens industrializados e serviços avançados produzidos pelos países do bloco europeu.

Com a abertura do comércio e a firmação do Acordo de Livre Comércio, poderá ocorrer uma nova invasão de produtos importados no País, com a queda de investimentos na indústria e até mesmo o fechamento de fábricas no Brasil.

Até o momento, a União Europeia evita pautar o assunto nas suas discussões. No entanto, o governo brasileiro demonstrou interesse na realização do acordo. No segundo semestre do ano passado, o governo de Michel Temer (MDB), com sua política privatista de entrega do patrimônio público brasileiro, intensificou as ações para tentar fechar o acordo.

Em entrevista à Reuters, o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, chegou a afirmar que o prazo pretendido pelo governo para fechar o acordo é agosto deste ano. O ministro esteve em Bruxelas nesta quarta-feira, 18, para uma reunião com os chanceleres do Mercosul e um encontro com a comissária de Comércio da Comissão Europeia, Cecília Malmström, e com o Comissário de Agricultura, Phil Hogan, para dar continuidade aos debates sobre o acordo.

Redação