O Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cresceu 1% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior. O dado foi divulgado hoje (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o IBGE, o PIB totalizou R$ 2,2 trilhões, em valores correntes, no primeiro trimestre do ano.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2021, a economia do país cresceu 1,7%. Os dados também mostram um crescimento de 4,7% no acumulado de 12 meses.
O setor de serviços impulsionou o crescimento do primeiro trimestre deste ano, na comparação com o quarto trimestre de 2021. O setor cresceu 1%. A indústria teve variação de 0,1%. A agropecuária recuou 0,9% no período.
Sob a ótica da demanda, a alta do PIB no período foi puxada pelo consumo das famílias, que subiu 0,7%. O consumo do governo variou 0,7%, enquanto que a formação bruta de capital fixo, isto é, os investimentos, caiu 3,5%.
No setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 5%, enquanto as importações caíram 4,6%.
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- Desemprego cai mais no Brasil do que em países do G20
A taxa de desemprego do Brasil recuou 4,3 pontos percentuais em 1 ano. A queda foi maior do que nos países do G20. O índice chegou a 10,5% no trimestre encerrado em abril de 2022, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Eis a íntegra do documento (9 MB).
O desemprego atingiu o menor nível desde 2016. Em comparação com o trimestre de fevereiro, março e abril, foi a menor taxa desde 2015.
A atividade econômica foi impactada pela pandemia de covid-19 e, mais recentemente, pela guerra entre Ucrânia e Rússia. Os novos casos do coronavírus no mundo, que fizeram a China adotar medidas de lockdown, também têm efeito na economia global.
Dos integrantes do G20, 18 registraram redução de taxas em 1 ano. A maior queda é do Brasil. O Poder360 preparou um infográfico com o comparativo:
Os dados mostram que Índia (-4,1 p.p.) e Argentina (-4 p.p.) vem logo na sequência. Apesar do recuo, o Brasil ainda tem a 4ª maior taxa de desemprego no grupo. Apenas África do Sul (35,3%), Espanha (13,7%) e Turquia (11,5%) têm índices piores.
Em números absolutos, o Brasil tem 11,3 milhões de desempregados. A mínima na taxa de desocupação foi registrada em dezembro de 2013, quando esteve em 6,3%. A máxima, em março de 2021, aos 14,9%.
Em números absolutos, a população desocupada chegou a 11,3 milhões de pessoas no trimestre encerrado em abril, queda de 5,8% em relação ao trimestre anterior, de novembro de 2021 a janeiro de 2022.
O recuo representa uma diminuição de 699 mil pessoas que procuram emprego. Na comparação com o trimestre encerrado em abril de 2021, o número de desocupados caiu 25,3%, ou 3,8 milhões de pessoas.
O Poder360 analisou os dados sobre a desocupação antes do período eleitoral. O desemprego avançou com todos os presidentes: no governo Fernando Henrique Cardoso, no 1º mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, no 2º mandato de Dilma e com Temer.
As únicas vezes em que o desemprego caiu no início do governo a 3 meses das eleições foram no 2º mandato de Lula (2006-2010) e no 1º mandato de Dilma (2011-2014).
O percentual de desempregados deve cair novamente com o presidente Jair Bolsonaro (PL). Em julho deste ano, mês anterior ao início da campanha eleitoral, a taxa deverá ficar abaixo da registrada em dezembro de 2018 (11,7%).
A série histórica da metodologia de cálculo da taxa de desemprego atual começou em 2012. Para os anos anteriores, o Poder360 considerou os dados do IBGE vigentes em cada época. Comparamos o índice anterior ao início da gestão e comparou com a de 3 meses antes do pleito.
Fonte: Agência Brasil - Poder360