O Ibovespa fechou em alta de 0,93%, aos 112.392,91 pontos, nesta quinta-feira (2), beneficiado pela redução de aversão a riscos no exterior e pelo desempenho positivo de ações de mineradoras e siderúrgicas ligadas ao minério de ferro, que manteve a tendência de alta na China e fechou novamente com valorização, em meio a expectativas de demanda maior no país.
Na ponta negativa estavam as ações de bancos e de petroleiras, incluindo a Petrobras, prejudicada tanto pelas novidades no mercado de petróleo quanto pelas incertezas em torno da troca na presidência da empresa e possíveis interferências do governo na política de preços de combustíveis.
Já o dólar caiu 0,42%, a R$ 4,786, seguindo um desempenho fraco no exterior. A informação de que a Opep+ aumentará mais a produção de petróleo que o previsto reduziu o pessimismo do mercado mesmo com alta nesta sessão, já que pode ajudar a conter o cenário inflacionário global ao reduzir os preços da commodity.
Neste pregão, o Banco Central fez um leilão de 18.420 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1° de julho de 2022. A operação do BC pode ajudar a dar liquidez na moeda, mas especialistas consultados pelo CNN Brasil Business apontam que o órgão poderia atuar mais para conter a volatilidade do câmbio.
Na quarta-feira (1º), o dólar subiu 1,10% a R$ 4,806, na maior alta percentual diária desde 9 de maio. Já o Ibovespa teve leve alta de 0,01%, aos 111.359,94 pontos.
Os contratos futuros de minério de ferro registraram sua quinta sessão de ganhos na China nesta quinta-feira, atingindo uma máxima de seis semanas, com as siderúrgicas reabastecendo os estoques antes dos feriados e aumentando a produção à medida que a economia chinesa atingida pelo coronavírus se recupera gradualmente.
Os futuros de minério de ferro de referência na bolsa de commodities de Dalian para entrega em setembro subiram 3,8%, para 936 iuanes (US$ 140,19) por tonelada no fechamento, o maior nível desde 19 de abril.
Na Bolsa de Cingapura, o contrato de minério de ferro de junho mais ativo saltou 4,8%, para US$ 141,8 a tonelada.
Semelhante ao mês de maio, junho começou com uma forte aversão global a riscos desencadeada por temores sobre uma possível recessão global.
Uma série de altas de juros pelo mundo, que tendem a desacelerar a economia global. A principal ocorreu nos Estados Unidos, anunciada pelo Federal Reserve em 4 de maio. Apesar de descartar altas de 0,75 p.p. ou um risco de recessão, a autarquia sinalizou ao menos mais duas altas de 0,5 p.p.
Os juros maiores nos Estados Unidos atraem investimentos para a renda fixa do país devido a sua alta segurança, mas prejudica as bolsas ao redor do mundo, inclusive as norte-americanas.
Por outro lado, com Xangai retomando as atividades nesta quarta-feira após dois meses de isolamento, a expectativa é que a demanda chinesa retorne aos níveis anteriores, o que voltou a favorecer exportadores de commodities e aliviou uma parte das pressões sobre o real.
Veja os principais destaques do pregão desta quinta-feira (2):
Maiores altas
Maiores baixas
Fonte: CNN Brasil com informações da Reuters