Após o BCE (Banco Central Europeu) confirmar os temores internacionais e elevar as taxas básicas de juros da zona do Euro pela primeira vez em 11 anos, o dólar comercial saltou. No Brasil, às 14h25 (horário de Brasília), a moeda estrangeira acumulava alta de 0,81% e foi a R$ 5,505.
O BCE justificou sua decisão se baseando na inflação galopante, receio de crise energética piorado pela guerra entre Rússia e Ucrânia e perspectivas econômicas sombrias. A instituição, hoje, optou por um aumento de juros de 0,5 ponto, ajuste maior do que o esperado.
A decisão sobre este aperto foi "unânime" face à inflação que "permanecerá em um patamar indesejável durante algum tempo", declarou a presidente da instituição, Christine Lagarde. Os preços ao consumidor subiram 8,6% em junho, comparados com o mesmo período do ano passado, um recorde para a zona do euro e uma oscilação acima da meta anual de 2% do BCE.
Além da Europa, investidores aguardam como prosseguirá o Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos. Um movimento semelhante ao BCE indicará, para o mercado, a chance de uma recessão global.
O cenário exterior é propício para o dólar, que é considerado um investimento seguro, enquanto o real é visto como uma aposta de risco.
Ontem, o dólar comercial teve alta de 0,74% e fechou a R$ 5,461.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Fonte: UOL