Economia

Mercado financeiro prevê inflação de 7,3% para este ano





Pela quarta semana seguida, o mercado financeiro projeta inflação menor neste ano. Segundo o Boletim Focus, divulgado hoje (25) pelo Banco Central (BC), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar o ano em 7,3%, ante aos 7,54% projetados há uma semana; e aos 8,27% estimados há quatro semanas.

Para o próximo ano, a previsão para o IPCA está em alta há 16 semanas seguidas. Há quatro semanas, previa-se alta de 4,91%. Na semana passada, a previsão estava mais alta, em 5,2%, percentual que ficou ainda mais alto nesta semana, com o boletim projetando que o índice fechará 2023 em 5,3%.

Para os anos seguintes, a previsão do mercado financeiro é de estabilidade, em 3,3% e 3%, em 2024 e 2025, respectivamente.

O Boletim Focus é uma publicação semanal que reúne a projeção de cerca de 100 instituições do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos do país.

PIB

Com relação ao Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e dos serviços produzidos no país), a previsão do mercado financeiro está em 1,93% para 2022, ante 1,75% projetado na semana passada e 1,5% estimado há quatro semanas.

Para 2023, a previsão de crescimento caiu na comparação com a semana passada, situando-se em 0,49%, ante ao 0,5% projetado há uma semana e há um mês.

Queda semelhante se observou na previsão para o PIB de 2024, que está em 1,7%, ante ao 1,8% estimado há uma semana e, também, há quatro semanas. Para 2025, mantém-se a mesma estabilidade projetada há 37 semanas, em 2%.

Selic

A previsão para a taxa básica de juros, a Selic, manteve-se estável pela quinta semana consecutiva, em 13,75% ao ano para o fim de 2022. Está também estável – neste caso há apenas uma semana – na projeção para 2023, em 10,75% ao ano. Há quatro semanas, esta projeção estava em 10,25% ao ano.

O mercado financeiro manteve estável a projeção da Selic para 2024 e 2025, em 8% ao ano e 7,5% ao ano, respectivamente.

Dólar

Com relação à cotação do dólar, a taxa passou de R$ 5,13 para R$ 5,20. A alta nas projeções para a moeda norte-americana foi observada também para os próximos anos. Há uma semana, estava em R$ 5,10 para 2023, passando para R$ 5,20, conforme pesquisa.

Para 2024, a previsão é dólar a R$ 5,10 ao final do ano, ante à cotação de R$ 5,05 há uma semana, e de R$ 5,08 projetada há quatro semanas. Ligeira alta na projeção para 2025 também, que estava em R$ 5,14 há uma semana e passou para R$ 5,15, segundo o boletim.

 

Confira outras noticias

- Confiança do consumidor cresce 0,5 ponto em julho

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 0,5 ponto de junho para julho deste ano e chegou a 79,5 pontos, em uma escala de zero a 200. Foi a segunda alta consecutiva do indicador, que já havia crescido 3,5 pontos de maio para junho.

Com o resultado, o índice atingiu o maior patamar desde agosto do ano passado, quando ficou em 81,8 pontos.

A alta da confiança foi puxada pelo Índice de Expectativas, que mede a percepção dos consumidores sobre o futuro, e que avançou 0,7 ponto, chegando a 86,6 pontos.

O Índice da Situação Atual, que apura a confiança no presente, caiu 0,1 ponto e ficou em 70 pontos.

 

- PIB da construção civil cresce pelo sétimo trimestre consecutivo, com alta de 0,8%, diz CNI

Sequência de resultados positivos não foi observada anteriormente na série histórica do PIB indicador, iniciada em 1996

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou, nesta segunda-feira (25), que o PIB da construção civil teve alta de 0,8% no 1º trimestre de 2022. Com o resultado, o PIB do setor cresce há sete trimestres consecutivos.

No quarto trimestre de 2021, o PIB da construção civil registrou uma alta de 1,3%.

De acordo com a confederação, a sequência de resultados positivos não foi observada anteriormente na série histórica do PIB indicador, iniciada em 1996.

A série de resultados fazem parte do ciclo de negócios em andamento que foi iniciado no 3º trimestre de 2020, avalia a entidade.

Já o nível de atividade também apresentou bom desempenho. O setor encerrou o primeiro semestre de 2022 com o maior patamar de atividades desde outubro/21, acumulando 51,6 pontos – sendo 50 pontos a margem que distingue o desempenho positivo.

O segmento de infraestrutura foi responsável por alavancar o nível de atividade no primeiro semestre. No entanto, a confederação registrou que todos os segmentos de atividade da construção registraram patamar positivo em seu nível de atividade.

Com isso, índice de confiança do empresário da construção do Brasil fechou o primeiro semestre acima da divisória dos 50 pontos, registrando 56,8 pontos.

Custo dos insumos

Mesmo com os resultados, o setor ainda enfrenta obstáculos. O relatório da confederação aponta que pelo oitavo trimestre consecutivo, a falta ou o alto custo dos insumos é o principal problema da construção.

A inflação na construção civil, medida pelo INCC, apresentou alta de 38,74% no primeiro semestre de 2022.

Dentre os itens que sofreram os maiores reajustes estão vergalhões e arames de aço, com alta acumulada de 99,6%, seguido por tubos de conexões de ferro e aço (89,43%) e tubos e conexões de P.V.C. (80,62%).

Em seguida, a pesquisa revela que a taxa de juros elevada e a elevada carga tributária do país também estão entre as principais dificuldades do setor.

Além disso, de acordo coma confederação, outra adversidade tem sido a falta ou alto custo do trabalhador qualificado.

Nível de atividade

No primeiro semestre de 2022, o relatório mostra que o setor foi responsável por 155 mil vagas. Os dados foram coletados a partir da série do Novo Caged. No primeiro semestre de 2021, o saldo de vagas encerrou em 158 mil.

A confederação informou que resultados dos primeiros semestres de 2021 e 2022 são os melhores para o período desde 2012, quando se analisa a série do Caged e do novo Caged.

No total a construção civil já gerou mais de 430 mil novas vagas com carteira assinada no período pós pandemia
(entre março/20 a maio/22).

No recorte por estado, São Paulo (19.049), Salvador (6.645) e Rio de Janeiro (6.151) são destaque na geração de novas vagas no setor.

Fonte: CNN Brasil - Agência Brasil