O PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos caiu 0,9% no 2º trimestre em relação ao anterior, em termos anualizados. O país entrou em recessão técnica –quando há duas quedas consecutivas.
O resultado foi divulgado nesta 5ª feira (28.jul.2022) pelo BEA (Bureau of Economic Analysis). Eis a íntegra do relatório (120 KB, em inglês). O percentual ficou abaixo da mediana das projeções do mercado, que esperavam uma alta de 0,5% no período.
O país norte-americano registrou a 2ª queda consecutiva na atividade econômica. Tombou 1,6% no 1º trimestre em relação ao último de 2021.
O PIB dos EUA teve alta de 7,8% em dólares correntes, atingindo US$ 24,85 trilhões.
O BEA disse que a queda no PIB reflete o menor investimento em estoque e habitação. Além disso, houve diminuição dos gastos dos governos. Do lado positivo, as exportações cresceram, assim como as despesas de consumo pessoal.
Os Estados Unidos divulga o PIB de forma diferente do Brasil. A taxa divulgada é a anualizada, que é a variação se esse percentual fosse mantido por 1 ano interior. O BEA afirmou que esse dado é preliminar e pode ser revisado posteriormente. No Brasil, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) também faz atualizações dos percentuais trimestralmente.
O líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, disse que seu país está pronto para mobilizar sua dissuasão de guerra nuclear e combater qualquer confronto militar dos Estados Unidos, e criticou o novo presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, alertando que Seul está se aproximando da guerra.
Kim fez as declarações durante discurso em um evento para marcar o 69º aniversário do armistício da Guerra da Coreia em 27 de julho, que deixou as duas Coreias tecnicamente ainda em guerra, de acordo com a agência de notícias oficial KCNA, nesta quinta-feira.
O confronto com os Estados Unidos representa ameaças nucleares desde a guerra da Coreia, entre 1950 e 1953, e exige que a Coreia do Norte realize uma "tarefa histórica urgente" de reforçar sua autodefesa, disse Kim.
"Nossas Forças Armadas estão totalmente preparadas para responder a qualquer crise, e a dissuasão de guerra nuclear de nossa nação também está totalmente pronta para mobilizar sua força absoluta com fidelidade, precisão e rapidez para sua missão", disse ele.
Kim também criticou o novo presidente conservador da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, pela primeira vez, acusando-o de ameaçar a segurança norte-coreana e o direito à autodefesa.
O gabinete de Yoon expressou profundo pesar pelas observações "ameaçadoras" de Kim, dizendo que a Coreia do Sul é capaz de responder "forte e efetivamente" a qualquer provocação a qualquer momento.
"Mais uma vez, pedimos à Coreia do Norte que siga o caminho do diálogo para alcançar a desnuclearização e a paz", disse a porta-voz de Yoon, Kang In-sun, em um briefing.
O discurso de Kim ocorre depois que autoridades de Seul e Washington disseram que Pyongyang concluiu os preparativos para realizar seu primeiro teste nuclear desde 2017.
O ministro da Unificação da Coreia do Sul, que lida com assuntos intercoreanos, disse na terça-feira que há uma "possibilidade" do teste em torno do aniversário do armistício, embora uma autoridade militar tenha dito que não há sinais imediatos para isso.
A Coreia do Norte provavelmente enfrentará sanções mais fortes, incluindo medidas visando suas capacidades de ataque cibernético, se prosseguir com o teste, disse o ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul na quarta-feira.
No discurso, Kim afirmou que Washington continua a realizar "atos hostis perigosos e ilegais" contra a Coreia do Norte e busca justificar seu comportamento "demonizando" o país.
A Coreia do Norte, há muito tempo, acusa os Estados Unidos de critérios duplos sobre atividades militares e de adotar uma política hostil em relação a Pyongyang, dizendo que isso dificulta o reinício das negociações destinadas a desmantelar os programas nuclear e de mísseis do país em troca do alívio das sanções.
"O jogo duplo dos Estados Unidos, que está deturpando todas as ações rotineiras de nossas Forças Armadas como 'provocação' e 'ameaça' enquanto realizam exercícios militares conjuntos de grande escala que ameaçam seriamente nossa segurança, é literalmente um roubo", disse Kim.
"Isso está levando as relações bilaterais a um ponto em que é difícil voltar atrás, a um estado de conflito."
Fonte: Agência Brasil - Poder360