Economia

Dólar fecha a R$ 5,11





Ibovespa fechou em alta de 0,56%, aos 113.531,72 pontos, nesta quinta-feira (25), em uma sessão marcada pela volatilidade. O dólar encerrou o dia estável, com variação de 0,01%, a R$ 5,111, após apresentar oscilações.

Tanto o Ibovespa quanto a moeda norte-americana foram impactados pelas expectativas dos agentes financeiros sobre o discurso do presidente do Federal Reserve na sexta-feira (26), que pode trazer mais detalhes sobre os próximos passos da política monetária norte-americana.

O mercado acredita que ele dará pistas sobre os próximos passos da autarquia no combate à inflação.

Os dirigentes do Fed já indicaram que as próximas elevações de juros serão feitas dependendo dos dados que forem divulgados entre cada reunião, com isso reforçando o peso de indicadores no comportamento e apostas do mercado.

Na quarta-feira (24), o dólar teve alta de 0,23%, a R$ 5,110. Já o Ibovespa variou 0,04%, aos 112.897,84 pontos.

Sentimento global

A aversão global a riscos dos investidores, desencadeada por temores sobre uma possível desaceleração econômica generalizada devido a uma série de altas de juros pelo mundo para conter níveis recordes de inflação, tem variado de intensidade dependendo das expectativas sobre o ciclo de alta de juros nos Estados Unidos.

O processo de elevação da taxa norte-americana continuou em julho com uma nova alta de 0,75 ponto percentual. Entretanto, o Federal Reserve sinalizou que poderia realizar altas menores conforme a economia do país já dá sinais de desaceleração, buscando evitar uma recessão.

Os juros maiores nos Estados Unidos atraem investimentos para a renda fixa do país devido a sua alta segurança e favorecem o dólar, mas prejudicam os mercados e as bolsas ao redor do mundo, inclusive as norte-americanas.

Os investidores monitoram ainda a situação da economia da China, que também dá sinais de desaceleração ligados a uma série de lockdowns em cidades relevantes. A expectativa é que o governo chinês intensifique um esforço para estimular a economia, enquanto enfrenta dificuldades para reverter um quadro de baixo consumo pela população, que impacta a demanda do país por commodities.

No cenário doméstico, a PEC dos Benefícios, que cria ou expande benefícios sociais com custo estimado em R$ 41 bilhões, foi mal recebida pelo mercado, já que reforça o risco fiscal ao trazer novos gastos acima do teto.

Mesmo assim, o Ibovespa e o real encontraram espaço para recuperação com uma melhora de humor do mercado, ainda podendo ser prejudicados caso haja uma retomada do pessimismo.

Sobe e desce da B3

Veja os principais destaques do pregão desta quinta-feira:

Maiores altas

  • Energisa (ENGI11) -2,77%;
  • Eletrobras (ELET6) -1,78%;
  • Cemig (CMIG4) -1,71%;
  • Enegie (EGIE3) -1,50%;
  • JHSF (JHSF3) -1,45%

Maiores baixas

  • Alpargatas (ALPA4) +10,06%;
  • Azul (AZUL4) +5,62%;
  • Gol (GOLL4) +5,49%;
  • Petz (PETZ3) +5%
  • Grupo Natura (NTCO3) +4%

Fonte: CNN Brasil - Reuters