Economia

Taxa de desemprego cai para 9,1% e atinge 9,9 milhões





A taxa de desemprego caiu para 9,1% no trimestre encerrado em julho de 2022. Essa é a menor taxa desde o período de outubro, novembro de dezembro de 2015, quando também foi de 9,1%.

O número de pessoas desocupadas recuou para 9,9 milhões de pessoas. O IBGE(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou os dados nesta 4ª feira (31.ago.2022). Eis a íntegra do resultado (10 MB).

O percentual de desempregados caiu 1,4 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, de fevereiro a abril (10,5%). Recuou 4,6 pontos percentuais em comparação com o mesmo período do ano passado, quando tinha taxa de 13,7%.

Em números absolutos, a população desocupada caiu 12,9% (menos 1,5 milhão de pessoas) no trimestre. Em relação a 1 ano atrás, diminuiu 31,4%, ou 4,5 milhões de pessoas a menos. Está no menor nível desde o trimestre encerrado em janeiro de 2016.

SUBUTILIZAÇÃO

É considerado subutilizado quem está desempregado, trabalha menos do que poderia ou não procurou emprego mesmo estando disponível para trabalhar.

A taxa de subutilização caiu para 20,9% no trimestre encerrado em julho deste ano, o menor nível para o período desde 2016 (20,9%). A queda foi de 1,6 ponto percentual em relação ao trimestre de fevereiro a abril de 2022. Em um ano, o recuo foi de 7 pontos percentuais.

O número de pessoas subutilizadas chegou a 24,3 milhões no último resultado. Diminuiu 6,9 % (menos 1,8 milhão) frente ao trimestre anterior –de fevereiro a abril. Também caiu em comparação com o trimestre encerrado em julho de 2021 (-24%, ou menos 7,7 milhões de pessoas).

Dentro do grupo de subutilizados há o índice de desalentados, que são aqueles que não procuraram empregos porque não acreditam que vão conseguir.

A população desalentada caiu 5% no trimestre encerrado em julho de 2022 contra o anterior. Agora, soma 4,2 milhões de pessoas. Também diminuiu 19,8% em relação ao período de fevereiro a abril do ano passado, o que representa 1 milhão de pessoas a menos no grupo.

MERCADO DE TRABALHO

A população ocupada foi recorde para a série histórica, iniciada em 2012. Foram 98,7 milhões de pessoas no trimestre encerrado em julho. Subiu 2,2% (mais 2,2 milhões) ante o trimestre anterior e 8,8% (mais 8 milhões de pessoas) em um ano.

O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado foi de 35,8 milhões. Registrou alta de 1,6% em relação ao trimestre de fevereiro a abril, o que são 555 mil pessoas. Subiu 10% contra o mesmo período 2021, o que são 3,3 milhões de pessoas a mais.

Já a quantidade de empregados sem carteiras –informais– atingiu 13,1 milhões, o maior índice da série histórica, iniciada em 2012. O contingente cresceu 4,8% em relação ao trimestre anterior (mais 601 mil pessoas) e 19,8% em relação ao trimestre de maio a julho de 2021, o que representa 2,2 milhões de pessoas.

A taxa de informalidade foi de 39,8% da população ocupada, contra 40,1% no trimestre anterior e 40,2% no mesmo trimestre de 2021. O número de trabalhadores informais chegou a 39,3 milhões.

RENDIMENTO MÉDIO

O rendimento real habitual (R$ 2.693) subiu 2,9% no trimestre de maio a julho. Apesar disso, caiu 2,9% em comparação com o valor de 1 ano atrás.

A massa de rendimento real habitual (R$ 260,7 bilhões) cresceu 5,3% frente ao trimestre anterior e 6,1% na comparação anual.

 

- Índice de Confiança Empresarial sobe 2,2 pontos em agosto, diz FGV

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) avançou 2,2 pontos em agosto e alcançou 100,7 pontos. É o maior patamar desde agosto de 2021, quando ficou em 102,5 pontos. O resultado foi divulgado hoje (31). É o quinto mês consecutivo que o indicador mantém a tendência ascendente em médias móveis trimestrais.

Segundo o instituto, a melhora das percepções sobre a situação presente e das expectativas para os próximos meses influenciou a alta da confiança empresarial. O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) cresceu 1 ponto, chegando a 101,3 pontos - no maior nível desde setembro de 2013, quando atingiu 101,5 pontos -  último mês de alta antes do início da recessão de 2014-2016. O Índice de Expectativas (IE-E) também aumentou em agosto. A alta atingiu 1,5 ponto, passando para 99,1 pontos, recuperando 71% da queda do mês passado..

ICE

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE: indústria, serviços, comércio e construção. De acordo com o indicador, a confiança aumentou, em agosto, em quase todos os setores que integram o ICE. A exceção ficou com o setor de serviços, que recuou ligeiramente após cinco meses em alta. “Neste setor, a piora da confiança ocorreu pela piora das avaliações presentes, enquanto as expectativas futuras continuaram melhorando.”

Para o superintendente de Estatísticas do FGV Ibre, Aloisio Campelo Jr., com a alta em agosto, a confiança empresarial retoma a trajetória ascendente iniciada em março passado. “Pela primeira vez, desde o início da pandemia, o nível da confiança dos quatro grandes setores acompanhados se aproxima, sinalizando uma saudável normalização das atividades, após uma crise que afetou de forma bastante heterogênea os diferentes segmentos econômicos. A melhora das expectativas no mês não chegou a compensar a piora do mês anterior. Com isso, o IE se mantém abaixo dos 100 pontos, com otimismo no horizonte de três meses e pessimismo seis meses à frente.”

 

- Indicador de Incerteza da Economia cai 4,2 pontos, aponta FGV

 

O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 4,2 pontos em agosto e chegou a 116,6. É o menor nível desde abril deste ano, quando atingiu 114,9 pontos. Os números foram divulgados hoje (31) pela FGV, no Rio de Janeiro.

 

Segundo a FGV, os dois componentes do Indicador de Incerteza, que são de Mídia e de Expectativas, caminharam em direção semelhante em agosto. Enquanto o componente de Mídia registrou queda de 2,6 pontos, passando para 115,1 pontos, o que contribuiu de forma negativa com 2,3 pontos para o índice agregado, o componente de Expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, caiu 9,3 pontos e alcançou 115,4 pontos, influenciando negativamente com 1,9 ponto para a evolução na margem do IIE-Br.

 

Preços dos combustíveis

 

A economista da FGV IBRE, Anna Carolina Gouveia, disse que, com o recuo de agosto, o Indicador de Incerteza devolve 71% das altas ocorridas entre maio e julho.

 

Ela afirmou que “influenciam no resultado a redução da pressão inflacionária após a queda de preços de combustíveis e energia e o dinamismo do mercado de trabalho. Apesar da queda, o indicador continua em patamar historicamente elevado, situando-se acima da alta média de 115 pontos observada entre julho de 2015 e fevereiro de 2020”, observou.

 

Anna Carolina acrescentou que uma redução mais expressiva do indicador dependerá principalmente da conjuntura econômica nos próximos meses. “Particularmente da perspectiva de sustentação da atual fase de crescimento, mas também do quadro político após as eleições”, concluiu.

 

Fonte: Poder360 - Agência Brasil