O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Amplo 15), conhecido como a prévia da inflação para o mês, registrou inflação de 0,16% em outubro, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados hoje.
A alta foi influenciada principalmente pelos preços dos planos de saúde, que subiram 1,44% no mês, após a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) autorizar reajustes no setor. Outro fator foi a alta no grupo de alimentação e bebidas, que havia caído no mês passado.
O resultado vem após dois meses consecutivos de deflação — como é chamada a inflação negativa, que sinaliza uma redução média nos preços.
O acumulado do índice em 2022 é de 4,8%, e o dos últimos 12 meses, 6,85%. Em setembro, o índice foi de -0,37%.
Os grupos que mais impactaram a prévia da inflação no mês foram saúde (+0,8%) e transportes (-0,64%). Apesar do último grupo ter registrado deflação, a diminuição foi menor que a registrada nos dois meses anteriores, o que prejudicou o resultado. Além disso, o preço das passagens aéreas disparou 28,17% frente a setembro.
Os preços dos quatro combustíveis pesquisados caíram: etanol (-9,47%), gasolina (-5,92%), óleo diesel (-3,52%) e gás veicular (-1,33%), ajudando a segurar a inflação do mês. Por outro lado, os preços das passagens aéreas saltaram 28,17% em outubro, depois de terem subido 8,20% em setembro.
Entre as altas, o maior impacto foi do grupo de saúde, com os planos de saúde subindo 1,44%, e os itens de higiene pessoal, 1,1%.
Veja os resultados por grupo:
Após recuar em setembro, o grupo de alimentação e bebidas subiu, com alta na alimentação dentro e fora do domicílio (0,14% e 0,37%, respectivamente).
Os alimentos que mais subiram foram:
Já o leite longa vida (-9,91%) e o óleo de soja (-3,71%) registraram queda.
Como é calculado o IPCA-15? O indicador, que leva em consideração 465 subitens de produtos e serviços, capta a inflação para famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.
A metodologia utilizada é a mesma do IPCA. A diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
Fonte: UOL