Economia

Ibovespa recua com moderação por corte de juros nos EUA; dólar sobe





Bolsa paulista vem em sequência de três quedas na semana, acompanhando pessimismo no exterior

O Ibovespa estendeu a queda das últimas sessões e o dólar mantém o viés de alta ante o real nesta quinta-feira (18), diante da moderação nas apostas de cortes de juros nos Estados Unidos.

O recuo das expectativas de reduções pelo Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) ainda neste trimestre ganhou novo fôlego após dados mostrarem forte queda nos pedidos de auxílio-desemprego, um sinal de resiliência do mercado de trabalho que pode fazer com que a política monetária fique restritiva por mais tempo.

Por volta das 15h20, o principal índice do mercado brasileira perdia cerca de 0,86%, na linha dos 127 mil pontos, no terceiro dia seguido de resultados negativos.

Em linha com movimento de valorização no exterior, o dólar registra alta de acima de 0,1% ante o real, negociado a R$ 4,940, seguindo também a alta dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA.

O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu na semana passada para o nível mais baixo desde o final de 2022, sugerindo que o crescimento do emprego provavelmente permaneceu sólido em janeiro.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego estaduais caíram em 16 mil para 187 mil ajustados sazonalmente na semana encerrada em 13 de janeiro, o nível mais baixo desde setembro de 2022, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira (18).

O movimento reforça o pessimismo dos investidores com a queda dos juros já em março, cenário que já estava abalado devido a falas mais duras de autoridades do Federal Reserve e do Banco Central Europeu (BCE) no início da semana.

Ainda hoje, o diretor do Fed Christopher Waller já havia defendido nesta semana que o banco central norte-americano não deve se apressar em cortar sua taxa básica de juros, até que esteja claro que a baixa da inflação será sustentada.

Em contrapartida, o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, disse também nesta quinta-feira que está aberto a reduzir as taxas de juros mais cedo do que havia previsto caso haja evidências “convincentes” nos próximos meses de que a inflação está caindo mais rapidamente do que ele esperava.

Fonte: CNN