Saúde

Com 451 mortes em 24 horas, Brasil se aproxima das 600 mil vítimas de Covid-19





-O país soma um total de 599.810 óbitos e 21.532.558 infecções confirmados desde o início da pandemia, em março de 2020

Nas últimas 24 horas, foram registrados 451 óbitos e 15.726 casos de Covid-19no Brasil. A média móvel de mortes ficou em 437 nesta quinta-feira (7). O país soma um total de 599.810 mortes e 21.532.558 infecções confirmados desde o início da pandemia, em março de 2020.

Os dados são da atualização diária do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

Uso de máscaras

Apesar de voltar a destacar a sucessiva queda nos números de mortes e casos de Covid-19 no país, a Fiocruz afirmou, em seu mais recente Boletim Observatório, divulgado nesta quinta-feira, que ainda é essencial a manutenção das medidas preventivas para impedir que a circulação do vírus volte a aumentar. Segundo a instituição, estas medidas, como o distanciamento social e uso de máscaras, não estão sendo seguidas.

Vacina da Pfizer

Dois estudos de efetividade publicados na quarta-feira (6) confirmam que a proteção imunológica oferecida por duas doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19 cai após cerca de dois meses, embora a proteção contra casos graves, hospitalização e morte permaneça forte. 

A Pfizer e a BioNTech afirmaram, nesta quinta-feira, que buscam junto ao FDA, o órgão regulatório americano, a autorização de uso emergencial de sua vacina contra a Covid-19 para crianças entre 5 e 11 anos. 

Volta às aulas

A Prefeitura do Rio de Janeiro deve anunciar, ainda nesta semana, a data do retorno das aulas presenciais para 100% dos alunos em todas as unidades de ensino públicas ou particulares da capital fluminense. 

Remédio contra Covid-19 em teste

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) vai participar de um estudo de fase 3 para testar a eficácia do medicamento Molnupiravir, fabricado pela farmacêutica MSD, para verificar a eficiência do remédio que evita a transmissão e propagação da Covid-19 entre pessoas já expostas ao vírus SARS-CoV-2. 

Melhora da pandemia

Um levantamento feito pela CNN mostra que pelo menos sete estados do Brasil têm cidades sem nenhum registro de morte por Covid-19 nos últimos 30 dias..

 

- Estudos confirmam a redução da imunidade da vacina da Pfizer contra a Covid-19

Proteção imunológica oferecida pelas duas doses do imunizante cai após cerca de dois meses, embora a proteção contra doenças graves, hospitalização e morte permaneça forte

Dois estudos do mundo real publicados na quarta-feira (6) confirmam que a proteção imunológica oferecida por duas doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19 cai após cerca de dois meses, embora a proteção contra casos graves, hospitalização e morte permaneça forte.

Os estudos, de Israel e do Qatar e publicados no New England Journal of Medicine, apoiam os argumentos de que mesmo pessoas totalmente vacinadas precisam manter precauções contra infecções.

Um estudo de Israel com 4.800 profissionais de saúde mostrou que os níveis de anticorpos diminuem rapidamente após duas doses da vacina “especialmente entre homens, entre pessoas com 65 anos de idade ou mais e entre pessoas com imunossupressão.”

“Conduzimos este estudo prospectivo de corte longitudinal envolvendo profissionais de saúde no Sheba Medical Center, um grande centro médico terciário em Israel”, escreveram o dr. Gili Regev-Yochay de Sheba e seus colegas.

Os pesquisadores notaram que os níveis dos anticorpos neutralizantes — a primeira linha de defesa do sistema imunológico contra a infecção — se correlacionam com a proteção contra a infecção, mas para esta pesquisa eles estudaram apenas os níveis de anticorpos.

“Trabalhos publicados sobre muitas vacinas, como as contra sarampo, caxumba e rubéola, mostraram uma pequena redução a cada ano de 5 a 10% nos níveis de anticorpos neutralizantes”, escreveram eles.

“Descobrimos que uma diminuição significativa e rápida na resposta humoral à vacina BNT162b2 [da Pfizer/BioNTech] foi observada meses após a vacinação.”

O estudo também indicou que a imunidade para pessoas que são vacinadas após a infecção natural por Covid-19 dura mais. É especialmente forte para pessoas que se recuperaram de uma infecção e também foram vacinadas. “No geral, as evidências acumuladas de nosso estudo e de outros mostram que a resposta humoral de longo prazo e a eficácia da vacina em pessoas previamente infectadas foram superiores àquelas em recipientes de duas doses da vacina”, escreveram os pesquisadores.

Um segundo estudo do Qatar analisou as infecções atuais entre a população altamente vacinada daquela pequena nação do Golfo. A maioria dos habitantes recebeu a vacina da Pfizer/BioNTech.

“A proteção induzida pelo BNT162b2 contra a infecção aumenta rapidamente após a primeira dose, atinge o pico no primeiro mês após a segunda dose e, em seguida, diminui gradualmente nos meses subsequentes”, escreveram Laith Abu-Raddad da Weill Cornell Medicine-Qatar e colegas. “A diminuição parece acelerar a partir do quarto mês, para atingir um nível baixo de aproximadamente 20% nos meses subsequentes”, acrescentaram.

No entanto, a proteção contra hospitalização e morte ficou acima de 90%, disseram.

A proteção decrescente pode envolver comportamento, eles observaram. “As pessoas vacinadas presumivelmente têm uma taxa maior de contato social do que as pessoas não vacinadas e também podem ter menor adesão às medidas de segurança”, escreveram os responsáveis pelo estudo. “Este comportamento pode reduzir a eficácia da vacina no mundo real em comparação com sua eficácia biológica, possivelmente explicando o declínio da proteção.”

Mas é um sinal de que os países devem se preparar para novos picos de Covid-19. “Essas descobertas sugerem que uma grande proporção da população vacinada pode perder sua proteção contra a infecção nos próximos meses, talvez aumentando o potencial para novas ondas epidêmicas”, alertaram.

A Pfizer argumenta que a imunidade das duas primeiras doses de sua vacina começa a diminuir após alguns meses. No mês passado, a Pfizer obteve autorização da Food and Drug Administration dos EUA para a aplicação doses de reforço de sua vacina cerca de seis meses depois de as pessoas receberem a segunda dose.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) recomendou que pessoas com mais de 65 anos, pessoas com condições que as tornassem mais suscetíveis a adoecer gravemente com infecções repentinas e pessoas com alto risco de infecção, como profissionais de saúde e presidiários, recebam reforços.

Israel vacinou praticamente toda sua população elegível e agora diz que exigirá que as pessoas tenham uma terceira dose para as pessoas serem consideradas totalmente vacinadas.

Nos Estados Unidos, mais de 6 milhões de pessoas receberam uma terceira dose da vacina.

- Saúde prevê 300 milhões de doses para 2022 e deve excluir Coronavac em campanha

Saúde aguarda resultado de estudo encomendado pelo próprio ministério a respeito da aplicação de 3ª dose em pessoas imunizadas com a Coronavac

O Ministério da Saúde prevê utilizar em torno de 300 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 em 2022. A CNN apurou que a pasta deve orientar a população a tomar apenas uma dose de reforço no ano que vem, com exceção dos idosos acima de 60 anos e imunossuprimidos, que precisarão tomar dose de reforço a cada seis meses.

Peça central de uma das principais disputas políticas durante a pandemia da Covid-19 no país, a vacina chinesa Coronavac não deve entrar no cronograma do Ministério da Saúde para a campanha de vacinação de 2022.

De acordo com relatos feitos à CNN, a pasta comandada por Marcelo Queiroga está na reta final do planejamento de compra de imunizantes e o produzido pela Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, não está previsto na relação.

CNN apurou que a Saúde aguarda o resultado de um estudo encomendado pelo próprio ministério a respeito da aplicação de uma terceira dose em pessoas imunizadas com a Coronavac. Os resultados preliminares da pesquisa, feita em parceria com a Universidade de Oxford, mostram que a imunidade daqueles que tomaram a vacina chinesa cai significativamente seis meses após a aplicação da segunda dose.

A avaliação interna do ministério é a de que os imunizantes que não apresentem alto índice de efetividade não entrarão no rol do plano de vacinação do próximo ano. Técnicos dizem que a pasta está avaliando o custo-benefício de cada vacina antes de fechar novos contratos.

Também pesa o fato de a Coronavac não ter o registro definitivo na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A avaliação dentro do ministério é a de que o Butantan tem demorado a fazer o pedido à agência reguladora. Desde quando começou a ser aplicada, a Coronavac continua apenas com autorização para uso emergencial, diferentemente da Pfizer e da AstraZeneca, que já obtiveram o registro final.

Ainda de acordo com as fontes ouvidas pela CNN, os dois imunizantes devem ser os mais utilizados na vacinação contra a Covid em 2022.

Fonte: CNN Brasil