Economia

Bolsa sobe ao maior patamar desde outubro; dólar cai a R$ 5,535





O Ibovespa emendou hoje a quinta alta consecutiva, de 0,5%, e fechou aos 108.095,53 pontos — maior patamar desde 25 de outubro (108.714,55). O principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) está subindo há cinco dias seguidos.

Já o dólar comercial caiu 1,49% e terminou o dia cotado a R$ 5,535 na venda —o menor valor em três semanas, desde 17 de novembro (R$ 5,524). Esta é a segunda queda consecutiva da moeda norte-americana, antes do anúncio da nova taxa básica de juros pelo Copom e a promulgação parcial da PEC dos Precatórios.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Nova Selic

Ao fim de sua reunião de dois dias, que se encerra nesta quarta-feira após o fechamento dos mercados, o BC deve anunciar alta da taxa Selic para 9,25% ao ano, ante atuais 7,75%, de acordo com pesquisa da Reuters com economistas.

Juros mais altos no Brasil elevam a rentabilidade do mercado de renda fixa doméstico, o que tenderia a atrair mais recursos estrangeiros para o país, aumentando a demanda pelo real.

O comunicado do Banco Central deve concentrar o foco de investidores nesta quarta-feira, conforme especialistas especulam sobre possíveis indicações de alteração no ritmo de aperto monetário para as próximas reuniões do Copom, em meio a sinais recentes de desaceleração da atividade econômica.

PEC fatiada e Auxílio Brasil

Enquanto isso, em Brasília, os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), anunciaram na terça-feira acordo em torno da PEC dos Precatórios, que foi promulgada parcialmente nesta tarde. As duas Casas pretendem votar os trechos divergentes antes do recesso parlamentar.

O acordo garante o espaço fiscal para pagamento do Auxílio Brasil, uma vez que a lista de temas de consenso entre Câmara e Senado já inclui a mudança no prazo de correção do teto de gastos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

O governo federal publicou na noite de terça-feira, em edição extra do Diário Oficial da União, medida provisória que institui o chamado Benefício Extraordinário, garantindo o pagamento em dezembro de 400 reais às famílias contempladas pelo programa Auxílio Brasil.

Alexandre Almeida, economista da CM Capital, disse à Reuters que o "fatiamento trouxe um pouco de alívio; mostra que a tramitação no Congresso está andando e gera um pouco de calmaria" depois de um longo período de incertezas sobre como o governo federal faria para financiar seu programa de auxílio financeiro à população.

Fonte: UOL com Reuters