Saúde

Covid: Com dados afetados, Brasil tem média abaixo de 200 pelo 9º dia





Ainda com dados afetados pelo ataque hacker ao Ministério da Saúde, o Brasil chegou hoje ao 9º dia com média móvel de novas mortes por covid-19 abaixo de 200. Hoje, esse número ficou em 181. O número é calculado pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, com dados fornecidos pelas secretarias de Saúde.

A invasão de sistemas do ministério afeta a atualização de novos casos e mortes em estados desde a sexta-feira (10). Hoje, sete estados (São Paulo, Rondônia, Roraima, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Tocantins e Goiás) não forneceram novas informações por esse motivo. Outros estados também podem ter sido afetados pelo problema, divulgando dados parciais. O Distrito Federal e o Ceará não informam novos números aos fins de semana.

A média móvel é o indicador que corrige as flutuações nos dados das secretarias de saúde que ocorrem aos fins de semana e feriados. Às segundas-feiras, por exemplo, os números de casos e mortes costumam ser mais baixos devido ao represamento de dados que acontece nos fins de semana.

Nas últimas 24 horas, foram registradas 82 novas mortes pela doença, totalizando 616.941 desde o início da pandemia.

Também foram confirmados mais 1.686 casos, somando 22.187.349 desde março de 2020.

Governo diz que recuperou dados de vacinados após ataque hacker

O Ministério da Saúde informou hoje que os dados dos vacinados contra covid-19 foram recuperados sem danos após o ataque hacker na madrugada de sexta-feira (10) tirar a plataforma do ConecteSUS do ar. A pasta não estipulou contudo um prazo para o restabelecimento do acesso aos certificados de vacinação.

"O Ministério da Saúde informa que o processo para recuperação dos registros dos brasileiros vacinados contra a Covid-19 foi finalizado, sem perda de informações. Todos os dados foram recuperados com sucesso", disse a pasta em nota. Ainda segundo o comunicado, o órgão informou que trabalhará para restabelecer "o mais rápido possível" os sistemas para registro e emissão dos certificados de vacinação.

Na madrugada do ataque, a Saúde informou que alguns sistemas foram comprometidos e disse ter acionado a PF (Polícia Federal) e o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência da República para investigar o caso.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.

 

Confira outras notícias 

- Novembro é o mês com menor número de mortes por Covid-19 desde abril de 2020

Com cerca de 80% com duas doses da vacina, país também apresentou redução de mais de 90% na média móvel de mortes quando comparado ao pico da pandemia

Novembro de 2021 é o mês com menor número de mortes pela Covid-19 desde abril de 2020. Segundo o Ministério da Saúde, os números mostram que a “vacinação é o melhor caminho para conter a pandemia”. Em relação a outubro deste ano, a queda na quantidade de óbitos foi de 38%.

Até o momento, mais de 90% da população vacinável está com ao menos uma dose no braço, o equivalente a quase 160 milhões de pessoas do público-alvo. Cerca de 80% da população tomaram duas doses da vacina, o que corresponde 139,4 milhões de pessoas.

Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil aplicou mais de 315 milhões de doses de imunizantes contra a Covid-19.

Nesta semana, o Brasil registrou a menor média móvel de mortes pelo coronavírus em 2021. A baixa foi de 93% se comparado com o pico da pandemia registrado em abril deste ano.

Até este sábado (11), o governo federal enviou aos estados cerca de 381 milhões de doses aos estados. Dessas, 154,3 são da Pfizer; 119 milhões da Astrazeneca; 102 milhões da Coronavac; e cerca de 6 milhões são da Janssen.

Após chegarem ao Brasil, e terem os planos de voos definidos, os imunizantes são disponibilizados pelo Ministério da Saúde para as unidades da Federação em até 48 horas.

 

- Máscara provoca maior percepção de dor e raiva por parte do cérebro, diz estudo

Trabalho foi feito por pesquisadores da Universidade Fernando Pessoa, em Portugal

Um novo estudo, desenvolvido pelo pesquisador João Alves, sob a orientação do professor Freitas-Magalhães, diretor do Laboratório de Expressão Facial da Emoção (FEELab), da Universidade Fernando Pessoa (UFP), em Portugal, defende que o uso de máscara perturba a comunicação emocional.

Como a parte inferior do rosto está coberta, o uso de máscara provoca uma percepção da dor e da raiva muito maior por parte do cérebro, que fica alerta ao procurar padrões e expressões faciais.

O comunicado divulgado pelo FEELab diz que cérebro procura mapear todos os vestígios que permitam identificar as emoções associadas e a máscara interfere nesse processo.

Assim, “o cérebro procura e intensifica os marcadores da parte superior do rosto”, afirma o professor.

Freitas-Magalhães explica que o comportamento não é de agora.

Isso “é ancestral e evolutivo, particularmente reforçando o instinto de mapeamento da dor e da raiva no processo seletivo de sobrevivência.”

Os resultados confirmam a “prioridade da conduta instintiva do cérebro quando está em jogo a sobrevivência humana”, conclui Freitas-Magalhães.

O diretor do FEELab também é autor do livro chamado “A Face das Emoções na Pandemia – O Cérebro Perdido”, disponível para venda no Brasil.

 

- Presidente da África do Sul, Ramaphosa, testa positivo para Covid-19

Segundo comunicado oficial, o líder africano tem sintomas leves e ficará em isolamento; vice-presidente ficará no comando por pelo menos uma semana

O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, testou positivo para Covid-19neste domingo (12). Segundo comunicado oficial da presidência, o líder sul-africano apresentava sintomas leves.

“O presidente começou a se sentir mal depois de deixar o Serviço Memorial do Estado, durante homenagem ao ex-vice-presidente FW de Klerk, na manhã de hoje”, disse o comunicado.

“O presidente, que está totalmente vacinado, encontra-se em isolamento na Cidade do Cabo e delegou todas as responsabilidades ao vice-Presidente, david Mabuza, para a próxima semana”, acrescentou.

A África do Sul foi o primeiro país a identificar a variante Ômicron, cepa mais contagiosa do novo coronavírus. Desde então, o país tem visto os casos da doença quase quadruplicarem, com uma rápida disseminação de infecção nas comunidades locais.

À CNN, Michelle Groome, chefe do Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis (NICD), órgão de saúde pública do país, disse que o nível atual de contágio parece ser “o ritmo mais rápido que vimos desde o início dapandemia”.

A África do Sul registrou, até o momento, 270.065.861 casos do novo coronavírus, com 5.305.047 mortes causadas pela doença, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.

 

Fonte: CNN Brasil - UOL