Política

Reunião de Campos Neto com Guedes pode definir greve no Banco Central





A manifestação em frente ao Banco Central, na manhã desta terça-feira (18), antecede uma reunião entre seu presidente, Roberto Campos Neto, e o ministro da economia Paulo Guedes. Os dois almoçarão juntos na sede do Ministério da Economia, às 12h30.

“Acreditamos que o assunto ‘servidores do BC’ esteja na pauta, porque Campos Neto nos prometeu uma reunião com proposta concreta até o final de janeiro”, disse ao Congresso em Foco, o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fábio Faiad. “Se não houver resposta concreta até o final de janeiro, teremos uma greve geral a partir de fevereiro”, alertou.

 

Além do almoço com Roberto Campos Neto, Guedes tem reuniões internas com seus assessores.

Além do Sinal, também se preparam para uma greve as categorias ligadas ao Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), que reúne mais de 200 mil servidores de diversos órgãos públicos. “Estamos trabalhando com o prazo de três meses, prazo esse que antecede o período eleitoral. Sabemos que a legislação veta reajustes, mas nesse momento ele ainda é capaz de enviar o projeto de lei, a medida provisória listando as carreiras que serão contempladas com o reajuste salarial”, anunciou Rudinei Marques, presidente da Fonacate.

Às vésperas de expirar o prazo de sanção do Orçamento de 2022, servidores de pelo menos 40 categorias preparam um movimento de paralisação nesta terça-feira (18) por reajuste salarial. Em Brasília, eles prostestam durante a manhã, em em frente a sede Banco Central e às 14h no Ministério da Economia. Também acontecem atos em outras capitais como Recife e Salvador.

 
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Funcionários públicos federais fazem manifestação contra a falta de reajuste salarial na frente do BC (Banco Central) em Brasília (DF). O ato começou às 10h e conta com cerca de 250 pessoas.

O presidente da Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central), Fábio Faiad, disse que a 1ª manifestação de 2022 é um “sucesso”. Segundo ele, a plataforma virtual para acompanhar o ato tinha 500 pessoas. 

“A adesão foi maior do que a gente esperava, felizmente”, afirmou. Disse ainda que os funcionários do BC estão há 3 anos sem receber reajuste, enquanto outras categorias esperam mais de 5 anos pela correção salarial.

“Se não tem diálogo, tem paralisação e manifestação. A regra é clara”, disse. “A partir dessa 2ª quinzena de janeiro, não havendo nada ou proposta concreta, vamos recrudescer a manifestação a partir de fevereiro”, completou. 

Os manifestantes carregavam as seguintes bandeiras: 

  • Sinpro-DF (Sindicato dos Professores do Distrito Federal);
  • Sindjus (Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União);
  • Unacon Sindical (Sindicato Nacional de Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle);
  • Anesp (Associação Nacional dos Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental);
  • Sindiserf (Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos Federais);
  • AACE (Associação dos Analistas de Comércio Exterior);
  • Fenajufe (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministerio Público da União);
  • CUT (Central Única dos Trabalhadores);
  • Sindilegis (Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e Tribunal de Contas da União);
  • Fonacate (Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado);
  • SintBacen (Sinducato Nacional dos Técnicos do Banco Central).

A manifestação foca em críticas ao ministro Paulo Guedes (Economia), ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e à reforma administrativa.

 

- Mourão diz que não há dinheiro para aumento a servidores: 'decisão difícil'

Ao chegar ao Palácio do Planalto nesta manhã, Mourão conversou com jornalistas e se mostrou contrário a concessão de reajustes. "Sabe-se muito bem que não tem espaço no Orçamento para isso", disse.

Sobre o reajuste aos policiais, o vice-presidente afirmou que Bolsonaro ainda está avaliando uma solução para o problema. "Nem sei se o presidente vai conceder isso ai. Vamos aguardar. O presidente não bateu o martelo nisso ainda", afirmou.

Nesta terça-feira, cerca de 50 categorias realizam protestos em Brasília. No protesto marcado para as 10h em frente ao Banco Central havia 300 manifestantes, segundo estimativas do BC. O ato terminou às 12h.

À tarde, das 14h às 16h, os servidores vão se reunir em frente ao Ministério da Economia. O ministro da Economia, Paulo Guedes, estará despachando no ministério e terá encontros com o presidente do BC, Roberto campos Neto, e o secretário especial da Receita Federal, Julio Cezar Vieira.

Fonte: Congresso em Foco - UOL - Poder360