Política

Líder do Estado Islâmico foi morto na Síria após ação dos EUA, diz Biden





O líder do grupo extremista Estado Islâmico, Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi, foi morto na Síria após uma ação militar dos Estados Unidos, informou hoje o presidente Joe Biden. Nenhum militar norte-americano ficou ferido.

Na noite de ontem, forças especiais executaram uma operação para capturar extremistas em Idlib, região que está fora do controle do governo sírio. A operação terminou com 13 mortos, incluindo sete civis —sendo quatro crianças e três mulheres.

Um funcionário de alto escalão do governo dos EUA disse que o líder do Estado Islâmico morreu ao detonar uma bomba que levava junto a ele. Durante a operação, um dos helicópteros sofreu um problema mecânico e foi explodido em solo por forças norte-americanas, segundo o site ABC News.

Outros detalhes da ação não foram divulgados. Em comunicado, o presidente Biden afirmou que foi feita uma "operação de contraterrorismo para proteger o povo americano e aliados".

Sob minha direção, as forças militares dos EUA no noroeste da Síria realizaram com sucesso uma operação de contraterrorismo para proteger o povo americano e nossos aliados e tornar o mundo um lugar mais seguro. Graças à habilidade e bravura de nossas Forças Armadas, tiramos do campo de batalha Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi -o líder do ISIS.Trecho da nota assinada pelo presidente Joe Biden

Esta é a maior operação das forças norte-americanas na Síria desde a morte de Abu Bakr Al Baghdadi, então líder do Estado Islâmico, em outubro de 2019, explicou o diretor do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, Rami Abdel Rahman.

A complexa guerra da Síria, país fragmentado com a presença de vários grupos, provocou quase 500 mil mortes desde 2011.

Nas redes sociais, a Casa Branca publicou uma foto de Joe Biden e da vice-presidente Kamala Harris na Sala de Situação, onde acompanharam a operação dos militares na Síria.

 

Confira outras notícias 

- Rússia envia 30 mil soldados e armas para a Bielorrússia, diz Otan

A Rússia tem transportado cerca de 30 mil soldados e armas modernas para a Bielorrússia nos últimos dias, o maior destacamento militar de Moscou para o país desde o fim da Guerra Fria, disse o secretário-geral da aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, nessa quinta-feira (3).

O deslocamento incluiu forças de operações especiais Speznaz, caças SU-35, mísseis Iskander de dupla capacidade e sistemas de defesa aérea S-400.

"Tudo isso será combinado com o exercício anual das forças nucleares russas", afirmou o secretário. O termo capacidade dupla, que Stoltenberg usou para os mísseis Iskander, é usado para descrever armas destinadas à guerra convencional e nuclear.

Tensões na Europa

O destacamento de tropas adicionais dos Estados Unidos no Leste Europeu está aumentando as tensões na região, disse hoje (3) o Kremlin, depois de Washington ter informado que enviará 3 mil soldados extras para a Polônia e a Romênia.

A Rússia acumulou milhares de soldados perto da fronteira com a Ucrânia, exigindo que os EUA e a Otan prometam não permitir a adesão de Kiev ao bloco militar, mas negando qualquer plano de invasão do país vizinho.

A Casa Branca afirmou nesta semana que tropas extras protegeriam o Leste Europeu de possível transbordamento da crise ucraniana.

 

Mattarella toma posse para segundo mandato como presidente da Itália

Sergio Mattarella toma posse, nesta quinta-feira (3), para o segundo mandato como presidente da Itália, algo que não queria mas que acabou sendo inevitável diante da incapacidade dos partidos italianos de encontrarem um nome de consenso.

Após sete votações inconclusivas, o Parlamento elegeu Mattarella no sábado passado (29), na oitava rodada de votações, para novo mandato presidencial de sete anos.

Apesar do impasse, as oito rodadas estão longe do recorde italiano fixado em 1971, quando foram necessárias 23 votações para eleger o democrata-cristão Giovanni Leone como presidente.

Mattarella, 80 anos, tinha insistido que não queria repetir outro mandato presidencial, mas acabou por ser a melhor solução para quebrar o impasse político que atingiu a Itália durante seis dias e que chegou a paralisar o trabalho do governo.

A eleição do presidente ocorria há uma semana sem acordo quanto a um nome, o que prolongava a incerteza sobre o futuro do primeiro-ministro, Mario Draghi, e da coligação governamental.

No último sábado, o presidente, cujo primeiro mandato terminaria hoje, obteve os 505 votos necessários, a maioria absoluta dos 1.009 "grandes eleitores": 630 deputados, 321 senadores e 58 delegados regionais.

O presidente da República tem papel essencialmente protocolar na Itália, mas este ano estava em jogo: se Mario Draghi fosse eleito, abandonaria a liderança do governo que se assenta em frágil coligação.

A escolha poderia desencadear eleições legislativas antecipadas, o que faria "descarrilar" as reformas necessárias à obtenção dos milhões de euros prometidos à Itália no âmbito do fundo de recuperação da União Europeia (UE).

Itália, a terceira maior economia da zona do euro, é o maior beneficiário europeu desse programa e deve receber quase 200 bilhões de euros, desde que cumpra os requisitos de reformas em diversas áreas.

Sergio Mattarella será recebido hoje no Parlamento, por volta das 15h30 locais, por uma guarda de honra, e entrará acompanhado pelos presidentes das duas câmaras que compõem a assembleia italiana, Roberto Fico e Elisabetta Casellati.

Após tomar posse durante sessão plenária, fará discurso para uma plateia composta por deputados, senadores, delegados regionais e membros do governo, incluindo Mario Draghi.

Será o segundo chefe de Estado italiano a cumprir o segundo mandato presidencial, depois de Giorgio Napolitano que em 2013, apesar de ter manifestado vontade de se retirar da vida política, também foi reeleito.

Fonte: UOL - Agência Brasil