Política

Presidente anuncia que sobrevoará Petrópolis na sexta-feira





Em entrevista concedida a jornalistas brasileiros em Moscou, o presidente Jair Bolsonaro anunciou que sobrevoará a cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro, na sexta-feira (18), após regressar de viagem. Bolsonaro está na Rússia, a convite do presidente Vladimir Putin, e seguirá amanhã (17) de manhã para uma breve visita à Hungria, onde se encontrará com o primeiro-ministro, Viktor Orbán.

Bolsonaro explicou que houve uma mudança na rota do voo e que pousará no Aeroporto Internacional Tom Jobim-Galeaõ, no Rio de Janeiro, em vez de Brasília.

"Pretendo, ao pousar, sobrevoar a região. Conversei com Paulo Guedes [ministro da Economia] durante a madrugada. Conversei com Rogério Marinho [ministro do Desenvolvimento Regional], que já enviou o seu representante para tratar desses assuntos de calamidades para Petrópolis. Conversei também com o governador Cláudio Castro [do Rio de Janeiro], com Marinho e Guedes [para liberar] um crédito especial, é claro, para atender aos vitimados da catástrofe. Como é praxe nessas questões, há liberação do fundo de garantia [FGTS] e [recursos para] a reconstrução de obras emergenciais para restabelecer a transitabilidade na região".

O presidente disse ainda que com parte de sua equipe sobrevoará a região em dois helicópteros. O ministro Rogério Marinho acompanhará o presidente. O secretário de Defesa Civil está na cidade. 

"Pretendemos já apresentar ao prefeito [de Petrópolis, Rubens Bomtempo] o que nós podemos oferecer", disse Bolsonaro.

 

Confira outras notícias 

- Campanha de Bolsonaro contrata ex-ministro do TSE

O PL contratou o escritório do ex-ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Tarcísio Vieira de Carvalho Neto para atuar na campanha do presidente Jair Bolsonaro. O acordo foi fechado na 3ª feira (15.fev.2022).

Ao Poder360, Vieira afirmou que atuará na campanha ao menos até o final deste ano fazendo “praticamente tudo”. O advogado é um dos 3 sócios do Lacerda e Vieira de Carvalho. Além dele, compõem a sociedade Caroline Maria Vieira Lacerda e Eduardo Augusto Vieira de Carvalho.

“Faremos praticamente tudo. A ideia é que a gente faça a coordenação jurídica, confeccione peças, faça sustentações orais em tribunais. Isso até o final deste ano”, disse o ex-ministro ao Poder360.

Vieira ficou no TSE  por 8 anos, de 2014 a 2021. Nos primeiros 4 anos, foi ministro substituto, indicado pela presidente Dilma Rousseff (PT). Em 2017, sob o governo de Michel Temer (União Brasil), passou a ter assento permanente no tribunal. 

Seu mandato terminaria em 2019, mas Bolsonaro o reconduziu ao cargo por mais 2 anos.

A presença de um ex-ministro do TSE na campanha de Bolsonaro deve facilitar o diálogo com a Corte. A tensão entre o tribunal e o Chefe do Executivo voltou a chamar a atenção na última semana.  

Em 12 de fevereiro, Bolsonaro quebrou meses de trégua e voltou a questionar a confiabilidade do sistema eleitoral. Ele disse que as Forças Armadas levantaram “dezenas de dúvidas” e que “temos um sistema eleitoral que não é da confiança de todos nós ainda”. 

“A máquina [urna eletrônica], tudo bem, a máquina não mente. Mas quem opera a máquina é um ser humano. Então existem muitas dúvidas”, afirmou o presidente. 

As questões que as Forças Armadas enviaram ao tribunal, segundo o TSE, eram de natureza técnica. Na 2ª feira (14.fev), o presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, comunicou que já tinha enviado as respostas.

 

Ex-ministro de Bolsonaro desiste de assumir cargo no TSE

O general e ex-ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva desistiu de assumir a Diretoria-Geral do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O militar comunicou sua decisão nesta 3ª feira (15.fev.2022) aos ministros Edson Fachine Alexandre de Moraes, que assumem, respectivamente, a presidência e a vice-presidência da Corte Eleitoral no próximo dia 22.

Azevedo ocuparia um cargo-chave no tribunal e ficaria responsável por lidar com questões administrativas e de segurança. Sua presença também era vista como uma forma de o TSE manter ponte com os militares durante as eleições. A entrada do ex-ministro foi costurada por Moraes e anunciada em dezembro de 2021.

O general da reserva deixará de assumir o posto “em virtude de questões pessoais de saúde e familiares”. Uma reunião nesta 6ª feira (18.fev), na vice-presidência do TSE, deverá escolher um novo nome para o cargo.

Azevedo foi o 1º ministro da Defesa do governo Bolsonaro, ocupando o cargo até 29 de março de 2021. Sua saída foi na véspera do aniversário do golpe militar de 1964, em 31 de março.

Na ocasião, ele teria dito a auxiliares que estava deixando o ministério porque não queria repetir o evento realizado no ano anterior, quando Bolsonaro sobrevoou a Esplanada dos Ministérios em uma manifestação que pedia o fechamento do STF.

Azevedo também teria se oposto a um desfile de tanques e blindados de guerrasolicitado por Bolsonaro.

No Judiciário, o general mantém pontes com o Supremo, onde foi assessor do ministro Dias Toffoli durante sua presidência, em 2018.

Fonte: Agência Brasil - Poder360