Política

Rússia pede integração de sistemas de pagamentos dos Brics





Sanções do Ocidente isolaram a Rússia dos sistemas financeiros globais e de quase metade das suas reservas de ouro

A Rússia pediu que os Brics, grupo de economias emergentes que inclui o Brasil, amplie o uso de moedas nacionais e integre sistemas de pagamentos, afirmou o ministério das Finanças neste sábado (9).

As sanções do Ocidente isolaram a Rússia dos sistemas financeiros globais e de quase metade das suas reservas de ouro e moedas estrangeiras, que estavam avaliadas em US$ 606,5 bilhões no começo de abril.

Na sexta-feira (8), o ministro das Finanças, Anton Siluanov, disse em uma reunião ministerial com os Brics, grupo composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que a situação econômica global havia piorado bastante devido às sanções, segundo um comunicado do ministério.

As novas sanções também destroem a fundação do atual sistema financeiro e monetário internacional baseado no dólar norte-americano, disse Siluanov.

“Isso nos leva à necessidade de acelerar o trabalho nas seguintes áreas: uso de moedas nacionais para operações de importação-exportação, a integração de sistemas de pagamentos e cartões, nosso próprio sistema de comunicação financeira e a criação pelos Brics de uma agência de avaliação de risco independente”, disse Siluanov.

As bandeiras de cartões internacionais Visa e MasterCard suspenderam operações na Rússia no começo de março, e os maiores bancos da Rússia perderam acesso ao sistema bancário financeiro global Swift.

A Rússia organizou seu próprio sistema de pagamentos, conhecido como SPFS, como uma alternativa ao Swift. O país também montou seu próprio sistema de pagamentos com cartões, MIR, que começou a operar em 2015.

As iniciativas foram parte de uma tentativa de Moscou de desenvolver ferramentas financeiras domésticas para espelhar as ocidentais e proteger o país, se punições contra Moscou fossem ampliadas.

O ministério das Finanças disse que os ministros do Brics confirmaram a importância da cooperação para tentar estabilizar a atual situação econômica.

“A atual crise foi feita pelo homem, e os países dos Brics têm todas as ferramentas necessárias para mitigar suas consequências para suas economias e para a economia global como um todo”, disse Siluanov.

 

- Boris Johnson se encontra com Volodymyr Zelensky em Kiev

Reunião acontece na capital ucraniana neste sábado (9); nesta sexta, o Reino Unido anunciou ajuda militar de 130 milhões de dólares para Ucrânia

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, recebeu o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, em Kiev neste sábado (9), de acordo com um alto funcionário do governo ucraniano.

“Neste momento, uma visita de Boris Johnson em Kiev começou a partir de uma reunião individual com o presidente Zelensky”, disse Andriy Sybiha, vice-chefe do gabinete do presidente da Ucrânia, em uma postagem no Facebook.

Pelo Twitter, a embaixada do Reino Unido na Ucrânia postou uma foto dos dois líderes sentados em uma sala de reuniões com a legenda “surprise” (surpresa, em português).

“O primeiro-ministro viajou para a Ucrânia para se encontrar pessoalmente com o presidente Zelensky, em uma demonstração de solidariedade ao povo ucraniano. Eles discutirão o apoio de longo prazo do Reino Unido à Ucrânia e o primeiro-ministro estabelecerá um novo pacote de ajuda financeira e militar”, disse um porta-voz de Downing Street.

O Reino Unido enviará à Ucrânia mais 100 milhões de libras — cerca de US$ 130 milhões — de apoio militar, disse o primeiro-ministro Boris Johnson nesta sexta-feira (8) após uma reunião com o chanceler alemão Olaf Scholz.

Johnson, que recebeu o novo chanceler alemão pela primeira vez em seu escritório em Downing Street, disse que as duas nações da Europa Ocidental também concordaram em cooperar mais estreitamente em assuntos de energia para reduzir a dependência da Europa em relação às importações russas.

O primeiro-ministro britânico também condenou um ataque russo a uma estação de trem no leste da Ucrânia, lotada de mulheres, crianças e idosos fugindo do conflito, que, segundo as autoridades ucranianas, matou pelo menos 50 pessoas.

A visita de Johnson acontece após a passagem da presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, pelo país.

Em entrevista à Christiane Amanpour, da CNN, Von der Leyen classificou a morte de civis na cidade ucraniana de Bucha como “uma atrocidade, algo impensável e chocante, é a face brutal da guerra de Putin“.

 

 

Rússia reclama com a Turquia sobre uso de drones turcos pela Ucrânia

As autoridades ucranianas estão divulgando os drones Bayraktar TB2, da Baykar Technologies, como uma das armas mais eficazes em seu arsenal

A Rússia reclamou com autoridades turcas sobre os militares ucranianos usando drones fabricados na Turquia.

Falando em uma entrevista coletiva na sexta-feira (8), uma autoridade turca disse que Ancara, capital turca, havia dito a Moscou que a fabricante turca de drones Baykar Technologies é uma empresa privada e que a compra dos dispositivos pela Ucrânia foi concluída antes da guerra.

De acordo com a reportagem da CNN, as autoridades ucranianas estão divulgando os drones Bayraktar TB2, da Baykar, como uma das armas mais eficazes em seu arsenal.

Na semana passada, a CNN obteve acesso raro às instalações de produção da empresa na Turquia para uma entrevista exclusiva com seu diretor de tecnologia, Selcuk Bayraktar.

Bayraktar, que também é genro do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que o drone estava “fazendo o que foi projetado para fazer e atualizado para fazer”.

 
 
- Comissão Europeia promete 1 bilhão de euros para apoiar Ucrânia

Parte do valor, cerca de 400 milhões de euros, será direcionado para ajudar países que recebem refugiados

A Comissão Europeia prometerá 1 bilhão de euros para apoiar a Ucrânia e os países que recebem refugiados que fogem da guerra após a invasão da Rússia, disse neste sábado (9) a presidente do executivo da União Europeia (UE), Ursula von der Leyen.

“Seiscentos milhões deles irão para a Ucrânia, para as autoridades ucranianas e parcialmente para as Nações Unidas”, disse von der Leyen em um evento de arrecadação de fundos para a Ucrânia em Waraw, na Polônia.

“E 400 milhões de euros irão para os estados da linha de frente que estão fazendo um trabalho tão excelente e ajudando os refugiados que estão chegando”, disse ela.

A ONU estima que mais de quatro milhões de ucranianos deixaram o país fugindo da guerra até o fim de março. O número significa quase 10% da população total do país antes da invasão russa.

Esse não é o único movimento por parte dos países europeus para reforçar o apoio à Ucrânia.

A União Europeia (UE) anunciou que está retomando a sua presença diplomática em Kiev depois de transferi-la temporariamente para a Polônia após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o alto representante da UE para Relações Exteriores e Política de Segurança, Josep Borrell, viajaram para a Ucrânia na sexta-feira para se encontrar com o presidente Volodymyr Zelensky e autoridades ucranianas

A Itália também pretende reabrir sua embaixada em Kiev após a Páscoa, disse o ministro das Relações Exteriores, Luigi Di Maio, neste sábado (9).

Fonte: CNN Brasil