Política

Biden diz que os Estados Unidos estão abertos a mais sanções contra a Rússia





Fala acontece após União Europeia e Reino Unido anunciarem mais punições contra o país do Leste Europeu devido à guerra na Ucrânia

Depois que a União Europeia (UE) e o Reino Unido anunciaram mais sanções à Rússia, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que está “sempre aberto a sanções adicionais”.

“Falarei com os membros do G7 esta semana sobre o que vamos fazer ou não”, pontuou Biden a repórteres na Casa Branca enquanto discutia a economia dos EUA.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, propôs uma série de medidas, incluindo a proibição do petróleo russo, nesta quarta-feira (4).

Outras propostas incluem listar indivíduos que cometeram crimes de guerra na cidade ucraniana de Bucha; remover o maior banco da Rússia, o Sberbank, e duas outras empresas do sistema SWIFT — um serviço de mensagens que conecta instituições financeiras em todo o mundo; e banir três emissoras estatais russas das ondas de rádio europeias.

A secretária de Relações Exteriores do Reino Unido, Liz Truss, anunciou também nesta quarta novas sanções contra 63 cidadãos e entidades russas, inclusive contra empresas de mídia “por trás da campanha de desinformação viciosa de Putin” e seus funcionários.

 

- Líder da Igreja Ortodoxa Russa estará em nova rodada de sanções da UE, dizem fontes

Novo pacote de sanções está em fase de revisão, quando nomes podem ser retirados ou adicionados, de acordo com as fontes ouvidas

O chefe da Igreja Ortodoxa Russa, Patriarca Kirill, está entre os indivíduos que serão incluídos na proposta de sexta rodada de sanções da União Europeia(UE), segundo duas fontes que viram os documentos completos.

O projeto proposto foi enviado aos embaixadores correspondentes para revisão, disseram as fontes. Nesta fase, os nomes podem ser retirados ou adicionados a critério do estado-membro, disse uma fonte da Comissão da UE.

Na quarta-feira, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, propôs uma série de medidas que também incluem a proibição do petróleo russo.

Em uma entrevista nesta semana, o papa Francisco criticou Kirill por endossaras razões declaradas da Rússia para invadir a Ucrânia, alertando-o para não se tornar “o coroinha de Putin”.

Em resposta, a Igreja Ortodoxa Russa disse que o papa Francisco usou o “tom errado” ao caracterizar seu encontro com o patriarca Kirill e chamou os comentários do papa de “lamentáveis.”

“Tais declarações não contribuem para estabelecer um diálogo construtivo entre a Igreja Católica Romana e a Igreja Ortodoxa Russa, que é particularmente necessário neste momento”, declarou o Departamento de Relações Exteriores do Patriarcado Russo em comunicado.

O que a Rússia está dizendo: as sanções estão fora de sintonia com o “senso comum”, disse o porta-voz da Igreja Ortodoxa Russa, Vladimir Legoida, na quarta-feira (4), segundo a agência de notícias estatal russa TASS.

“Quanto mais indiscriminadas as sanções se tornam, mais elas perdem o contato com o senso comum e mais difícil se torna alcançar a paz, que é o que a Igreja Ortodoxa Russa reza em todos os cultos com a bênção de Sua Santidade o Patriarca, e assistência a todos os afetados pelo conflito ucraniano, servem apenas para afirmar suas palavras”, disse Legoida em um post do Telegram.

“Somente aqueles completamente ignorantes da história de nossa Igreja podem tentar intimidar seus clérigos e crentes compilando algumas listas”, disse Legoida.

 
Fonte: CNN Brasil