Política

Bolsonaro deve demorar para escolher nomes ao STJ





Corte definiu lista quádrupla na 4ª feira; presidente tem dito que não pretende fazer a escolha nas próximas semanas

O presidente Jair Bolsonaro (PL) deve demorar para escolher quais serão os 2 nomes que preencherão as vagas abertas no STJ (Superior Tribunal de Justiça).

A Corte definiu na 4ª feira (11.mai.2022) a lista quádrupla a ser enviada ao chefe do Executivo. É composta por Messod Azulay (TRF-2), Ney Bello (TRF-1), Paulo Sérgio Domingues (TRF-3) e Fernando Quadros (TRF-4), conforme antecipado pelo Poder360.

Bolsonaro tem dito que o STJ demorou para fazer a lista e que não pretende fazer a escolha nas próximas semanas. A movimentação para definição dos 2 novos ministros deve começar nos bastidores.

A sessão para definição da lista quádrupla acabou sendo adiada pelo STJ por causa da pandemia. Uma das vagas na Corte está aberta desde 2020.

A escolha dos 4 nomes refletiu um “cabo de guerra” em volta de apoio aos candidatos. Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux e Nunes Marques, por exemplo, foram derrotados no STJ.

Nos bastidores, Fux defendia com intensidade a indicação de Aluisio Gonçalves, do TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região), enquanto Nunes Marques chegou a fazer campanha a favor de Carlos Pires Brandão, do TRF-1.

Azulay, do mesmo TRF-2 do candidato de Fux, acabou entrando na lista. Ele é o candidato do ministro Luis Felipe Salomão, do STJ. Na noite de 4ª feira (11.mai), Salomão se encontrou com Fux no Supremo.

Poder360 antecipou que o STJ buscaria eliminar candidatos apadrinhados por ministros do STF. O objetivo é defender a autonomia da Corte para indicar seus próprios pares.

A exceção foi Ney Bello, que é o candidato do ministro Gilmar Mendes, do STF, e entrou na lista quádrupla. Segundo ministros do STJ, Bello integra a lista porque é próximo da Corte e favorito a uma vaga desde 2020, quando Napoleão Nunes Maia se aposentou e deixou uma cadeira desocupada. Com o passar do tempo, no entanto, perdeu força e perigava ficar fora da seleção.

Fonte: Poder360