Educação

Profissionais da Educação aceitam proposta do GEA e encerram greve





Após dois dias de audiência de conciliação entre o sindicato dos profissionais da Educação e o Governo do Estado, promovida pelo Tribunal de Justiça do Amapá, a greve da Educação foi encerrada. Profissionais acataram proposta salarial do governo de 3,3% a ser pago a partir de setembro. A greve havia sido deflagrada na manhã de quarta-feira (04).

Com o fim da paralisação, as aulas na rede pública estadual voltam ao normal nesta quinta-feira (05). Apesar de ter acatado a proposta de reajuste salaria, a classe informou que outros pontos pautados ainda precisam ser discutidos.

A iniciativa da Justiça do Amapá foi tomada após a Procuradoria Geral do Estado (PGE) ingressar liminar contra o sindicato pedindo que a Justiça declarasse a ilegalidade do movimento.

No primeiro encontro, após as partes serem ouvidas, o governador Waldez Góes foi convidado pelo mediador, o desembargador Carmo Antônio, para sentar à mesa de negociações na manhã desta quarta-feira (04), quando a greve foi de fato declarada pela categoria.

Durante a segunda audiência de conciliação, o Sinsepeap apresentou um conjunto de propostas para por fim à paralisação deflagrada. Os pontos foram debatidos, com a presença do atual chefe do Executivo, no entanto, a reunião foi suspensa para o fim da tarde de ontem após Waldez Góes informar que se reuniria com secretários de governo para discutir a reposição salarial dos servidores da educação.

Até o fechamento desta matéria, a audiência de conciliação não havia terminado.

Caso

No fim do mês passado, o Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Amapá (Sinsepeap) comunicou que entraria em greve neste dia 04 de abril. A decisão foi tomada após votação em assembleia geral, onde mais de mil profissionais foram a favor da deflagração do ato.

Em comunicado ao Executivo, o sindicato frisou que a greve é em razão da ausência de negociações, o que cominou em 4 anos sem reposição de salário, mais de 60,75% de defasagem salarial, além da falta de reformas e ampliações das unidades escolares do Amapá.

Dias antes da divulgação da greve pelo Sindicato, o Governo do Estado do Amapá (GEA) anunciou um reajuste salarial de 2,8% a ser pago a partir deste mês de abril, além de um aumento de 20% nas gratificações. Em divulgação do governo, a Secretária de Educação, Suelem Amoras, afirmou que o reajuste é uma vitória em meio à crise econômica e lembrou que a atual gestão recriou a Regência de Classe para os professores e instituiu as gratificações para alcançar os profissionais do Grupo Magistério.

No entanto, o aumento ofertado pelo GEA não agradou os profissionais da Educação que realizaram dois dias de paralisação contra a proposta. De acordo com o Sinsepeap, o piso salarial da classe não sofre reajuste desde 2015 e a proposta dada pelo GEA não cobre índices estabelecidos pela portaria do Ministério da Educação (MEC) e pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA).

Nathan Oliveira