Cotidiano

Greve dos caminhoneiros não afetou fornecimento de combustível no Amapá





 

Abastecimento de combustível é feito através de balsas, o que não é prejudicado pela paralisação dos caminhoneiros de todo o país. Classe de trabalhadores protestam contra o aumento constante dos combustíveis.

 

Em seu quinto dia, a greve dos caminhoneiros tem afetado, de forma direta, 25 estados brasileiros e o Distrito Federal. Com caminhões parados, trabalhadores protestam contra o aumento constante dos combustíveis e pedem a diminuição dos tributos sobre o diesel e a tabela de preços para o frete. Apesar da greve ainda não ter ocasionado impactos relacionados ao fornecimento de combustível no Amapá, o Governo do Estado ressaltou que está monitorando a situação.

Na maioria dos estados, a paralisação dos caminhoneiros tem afetado principalmente a distribuição de combustível, medicamento, alimentos e outros produtos. O impacto direto nos estados devido à greve é ocasionado pelo Brasil depender muito das rodovias para transportar esses bens.

No Amapá, mesmo não ter sido constato, ainda, impactos sobre a paralisação, muitas pessoas estão preocupadas, principalmente, com a possível falta de gasolina. Na manhã de quinta-feira (24), vários postos de gasolina lotaram com filas longas de veículos. Em alguns desses postos, consumidor passou mais de 30 minutos para abastecer.

Além do medo de ficar sem gasolina, outra preocupação dos consumidores é sobre o aumento no litro do combustível, que atualmente varia entre R$ 4 a R$ 4,50. Nos demais estados, o litro da gasolina já chegou a R$ 10 com a greve dos caminhoneiros.

Gerentes de alguns estabelecimentos ressaltaram que não existe a possibilidade dos estoques ficarem zerados. O Governo do Estado do Amapá (GEA) informou que está monitorando a situação no estado como medida preventiva para garantir que os serviços essenciais não sejam prejudicados.

Em entrevista ao portal de notícias do GEA, o secretário adjunto de logística da Secretaria de Estado da Administração (Sead), José Marlúcio Alcântara, disse que até o momento não há indicativos de que o Amapá será afetado pela greve, em relação ao combustível.  

“O fornecimento para o Estado do Amapá se dá através de balsa que abastece diretamente na refinaria em Manaus, com armazenamento em Santana, por esse motivo, o risco de faltar o líquido é muito baixo”, explicou Alcântara.

O Sindicato das Empresas de Trânsito e Transporte de Passageiros do Amapá (Setap) após reunião com a Companhia de Trânsito do Amapá (CTMac) decidiu por reduzir a circulação do transporte público em Macapá.

Segundo a entidade, dos 190 ônibus da frota regular, houve redução de 30% dos veículos nos horários de pico e 50% nos demais horários. A iniciativa é devido à preocupação com a falta de diesel, combustível utilizado para funcionamento do veículo.

Nos hospitais, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que as unidades estão preparadas para atender as principais demandas nos próximos dias e que a situação sobre a greve dos caminhoneiros, afetando diretamente o fornecimento de medicamentos está sendo monitorada pelo órgão.

“A situação é monitorada para garantir a assistência à saúde da população. Entretanto se o problema persistir, alguns itens podem ter a entrega comprometida, e afetar o abastecimento como já vem acontecendo em outras unidades hospitalares do país”, diz um trecho da nota.

Paralisação

Um grupo de caminhoneiros amapaenses protestou contra o reajuste no preço do diesel e da gasolina na última segunda-feira (21). Cerca de 30 trabalhadores fecharam os dois lados da Rodovia Duca Serra, na Zona Oeste de Macapá. A manifestação aconteceu em diversos estados do país.

Segundo os trabalhadores, o aumento prejudica diretamente a classe, que necessita diariamente do transporte e consequentemente do combustível. Eles lembram que em 2017 pagavam R$ 3,20 pelo litro do combustível e agora, com o aumento, pagam mais de R$ 4,15.

A manifestação durou poucos minutos e interditou parcialmente a rodovia. Mas, segundo o grupo, enquanto os demais caminhoneiros do país estiverem fazendo protesto, a classe continuará a apoiar também.

Nos demais estados, a greve continua diariamente. O Governo Federal busca, desde a quarta-feira (23), uma negociação com os representantes de onze categorias de caminhoneiros.

 Redação