Cultura

Igreja celebra primeiro aniversário da "Querida Amazônia"





A Igreja celebra o primeiro aniversário da “Querida Amazônia”. A Exortação Pós-Sinodal de autoria do Papa Francisco. Quatro instituições da missão da Igreja na Amazônia pronunciaram-se através das suas presidências.

O Conselho Episcopal Latino-americano (Celam) e a Conferência Latino-americana de Religiosos (CLAR) se manifestaram. Também a Conferência Eclesial da Amazônia (Ceama) e a Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam) comentaram o aniversário da “Querida Amazônia”.

Repam

Em nome da Repam, o presidente, cardeal Pedro Barreto, o seu vice-presidente, Dom Rafael Cob, e o secretário executivo, Ir. João Gutemberg Sampaio, manifestaram-se. O cardeal peruano afirmou, no primeiro aniversário da “Querida Amazônia”, que a exortação exprime o afeto que a Igreja sempre teve pela Amazônia.

Segundo Dom Barreto, neste momento há muitas dificuldades em compreender o valor das culturas dos povos originários da Amazônia. O cardeal insistiu na importância de “dizer às pessoas que lá vivem que são queridas pela Igreja”. Ao mesmo tempo, salientou o valor da Amazônia para o mundo.

O presidente da Repam salientou também a importância dos quatro sonhos da ‘Querida Amazônia’. “São para nós compromissos que devemos assumir plenamente hoje”.

 

Uma consequência da ‘Querida Amazônia’ é a Ceama. A Conferência tem a tarefa de “que o Sínodo seja aplicado no território. Cardeal Claudio Hummes, presidente da Conferência, afirma que o Documento Final do Sínodo inspira a Igreja

Cardeal Hummes também comentou o primeiro aniversário da “Querida Amazônia”. O purpurado salientou os quatro sonhos, nascidos de todo o processo sinodal. Segundo o presidente da Ceama, eles “abrem sempre novos horizontes”. “Sonhos são sempre algo que podemos ir muito além”, frisou.

De acordo com o purpurado, a Ceama é um desses sonhos. Ela inclui “não apenas bispos, mas também todo o povo de Deus nas suas várias categorias”, afirmou.

Apesar da pandemia, a Ceama prossegue seus trabalhos. Segundo Dom Hummes, a aprovação canônica dará força para manter viva a chama que o Espírito Santo acendeu no Sínodo.

Celam

Dom Miguel Cabrejos, presidente do Celam, falou também da Ceama. O bispo definiu-a como “uma expressão orgânica que serve para levar adiante a maior parte das propostas concretas do processo de discernimento do Sínodo Amazônico e que pode ser sustentado ao longo do tempo”.

“É uma estrutura sem precedentes na Igreja”. É o que afirmou o bispo. Para o presidente do Celam a Assembleia Eclesial da América Latina, a Ceama e o Sínodo Amazônico são “frutos deste processo eclesial latino-americano”.

CLAR

Ir. Gloria Liliana Echeverri, presidente da CLAR, afirma que a ecologia integral é claramente uma opção da Igreja. Ao comentar o primeiro aniversário da “Querida Amazônia”, a religiosa destacou que da ‘Laudato si’ a ‘Querida Amazônia’ há uma caminhada de escuta, reflexão, conversão e mobilização.

“Cada um de nós é convidado para uma nova forma de nos situarmos, para um novo estilo de vida”. Irmã Liliana Gloria enfatiza que o grito da Terra, dos mais pobres, “chega-nos nesta crise desencadeada pela pandemia”.

Estamos perante uma expressão de “a beleza ferida de que nos fala o Documento Final do Sínodo”, frisou. A religiosa destaca a urgência do diálogo para a construção do futuro do planeta.

Para a presidenta da CLAR, a pandemia lembra “que cada mudança, cada crise, é habitada pela complexidade”. Isto exige “ir à raiz, ajudar a desvendar as causas, e colocar-nos no lugar daqueles que sonham com a conversão e tecer novos modos relacionais com a terra e as culturas e entre os seres humanos”, concluiu.

Fonte: Canção Nova