Política

Eleições 2018: atitude do MDB no Amapá poderá causar problemas





 

Partido determinou que haverá apenas uma candidatura ao Senado, após dois concorrentes lançarem pré-candidatura. Atitude do partido será contestada na direção nacional, afirmou um dos candidatos.

 

Com a proximidade das Eleições 2018, candidatos propensos a concorrerem a uma vaga neste pleito já começaram a lançar suas pré-candidaturas. Entretanto, integrantes do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) no Amapá, Gilvam Borges e Fátima Pelaes estão disputando por uma única vaga no partido para concorrer ao senado, o que gerou polêmica entre os bastidores da política.

Ambos já haviam lançado suas pré-candidaturas para o senado, no entanto, a incerteza surgiu após uma reunião do partido determina que haverá apenas uma candidatura ao Senado, definindo como pré-candidato o ex-senador Gilvam Borges, que também é presidente do diretório regional do MDB.

A decisão foi proferida na noite de segunda-feira (18) fazendo com que a ex-deputada e ex-ministra da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres (SNPM), Fátima Pelaes ficasse de fora da disputa.

A ex-parlamentar lançou sua pré-candidatura após o presidente do MDB, senador Romero Jucá, informar que ambos seriam os candidatos. A decisão do movimento no Amapá será contestada no diretório nacional, segundo Fátima Pelaes.

Em entrevista concedida a um portal de notícias local, Fátima Pelaes questionou o fato de não ser convidada para participar da reunião e tampouco ser comunicada sobre a decisão, tendo em vista que, é vice-presidente do diretório regional. Além disso, ela afirmou que não descarta a possibilidade de uma eventual intervenção no Amapá, mas irá aguardar que a executiva nacional adote providências que julgar necessárias. Segundo ela, o diretório regional contrariou uma resolução aprovada, por unanimidade, pela direção nacional.

Já o ex-senador Gilvam Borges alegou que a decisão de uma única candidatura ao Senado foi necessária para a consolidação de coligações com o bloco de siglas lideradas pelo Partido Democrática Trabalhista (PDT).

Segundo ele, a decisão é definitiva e que não haverá intervenção do diretório nacional nas decisões feitas pelo regional, já que o estatuto do partido só prevê intervenção em casos de crise, o que não abrange a situação.

Em abril deste ano, uma Resolução da Executiva Nacional, aprovada por unanimidade, decidiu que o MDB deveria registrar a candidatura da ex-ministra Fátima Pelaes ao senado, podendo penalizar o partido caso a medida fosse descumprida. No entanto, Gilvam Borges afirmou que o acordo não é uma deliberação, não enquadrando assim a algum tipo de intervenção nacional.

Pré-candidaturas

Tanto Gilvam Borges como Fátima Pelaes já haviam lançado suas pré-candidaturas ao Senado. A ex-ministra realizou sua convenção foi feita em abril, alegando que seu nome havia sido apontado como aposta do partido para uma participação feminina no Senado.

Fátima Pelaes ocupava o cargo de secretária de Políticas para Mulheres desde 2016. Ela também já foi eleita deputada federal por cinco mandados, entre 1991 e 2002 e entre 2007 a 2014.

Gilvam Borges lançou sua pré-candidatura no início de junho, alegando haver experiência e disposição para encarar o processo eleitoral. O pré-candidato já foi deputado federal entre 1991 a 1995 e senador do Amapá por dois mandados, de 1995 a 2005.

Outras pessoas já lançaram seus nomes como candidatos ao Senado pelo Amapá, entre eles estão: Lucas Barreto (PTB), Aroldo Leite (PV), Davi Silva (PSTU), Randolfe Rodrigues (Rede), Ricardo Gonçalves (PSL), Joaquina Lino (PCB), Jaime Nunes (Pros), Sebastião Bala Rocha (PSDB) e Janete Capiberibe (PSB).

Redação