Polícia

Três envolvidos em assalto com família refém tiveram prisão preventiva decretada





 (Foto: Jonh Pacheco)

O quarto integrante é menor de idade e foi apresentado na Deiai. Grupo manteve família refém dentro da própria casa por 7h seguidas. Caso aconteceu na Zona Sul de Macapá.

 

A Justiça do Amapá decretou a prisão preventiva de três dos 4 envolvidos no assalto que resultou no cárcere de sete pessoas, todas da mesma família, dentro da própria casa na manhã de terça-feira (26). A decisão foi dada pela juíza Fabiana da Silva Oliveira, da Comarca de Macapá.

Os presos possuem idades entre 18 e 21 anos e estavam detidos no Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), no Pacoval. Eles foram transferidos para o Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).

O quarto envolvido, um adolescente de 17 anos, foi apresentado e ouvido na Delegacia Especializada em Investigação de Atos Infracionais (Deiai). Até o fechamento desta matéria, o Jornal do Dia não obteve informações sobre a situação dele.

Entenda o caso

Por volta de 4h30, dois homens e dois adolescentes entraram na residência e tentaram levar do local. Uma das vítimas conseguiu acionar a polícia, através do 190, informando o que estava acontecendo. Em alguns minutos, a polícia chegou no local surpreendendo os bandidos que, sem ter para onde fugir, rendeu as vítimas. Entre as sete pessoas, estava duas crianças.

Sob posse de dois revólveres calibre 38, os suspeitos mantiveram a família refém durante toda a manhã. Com o objetivo de resguardar a integridade das vítimas, o Bope iniciou as negociações, conseguindo liberar as duas crianças, de 5 e 9 anos, por volta de 7h.

Os suspeitos solicitaram a presença da imprensa e coletes balísticos. Todo o material foi entregue a eles. Apesar de contribuir com o que os suspeitos solicitavam, as negociações se estenderam. A polícia avalia que não havia um entendimento entre eles, por conta disso, houve a demora no rendimento.

Por volta de 8h, um dos envolvidos ligou para uma emissora de rádio e entrou ao vivo no programa. A ação foi interrompida pela polícia, pois havia possibilidade de atrapalhar as negociações. Algumas horas depois, a polícia conseguiu interromper o fornecimento de água, luz e internet na residência, com o objetivo de acelerar o rendimento dos suspeitos.

Por volta de 11h, um adolescente foi liberto e recebeu atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Somente as 11h40 que os suspeitos se entregaram para a polícia.

Os outros quatro reféns receberam atendimento médico e não apresentaram ferimentos. Para o comandante do batalhão, coronel Paulo Matias, o tempo foi necessário para garantir a segurança de todos.

“Assim que a polícia foi informada sobre a ocorrência, tomamos as medidas necessárias para resguardar o local e iniciar as negociações. Inicialmente, os perpetradores libertaram duas crianças [de 5 anos e 9 anos]. Seguimos todos os padrões doutrinais para assegurar a integridade das vítimas e, dos próprios assaltantes. Com toda cautela conseguimos pôr fim à crise”, ressaltou o comandante.  

Durante as negociações, trechos de ruas próximas à residência tiveram que ser interditadas. Muitas pessoas foram ao local acompanhar o procedimento da ocorrência.

Redação