Economia

Mercado reduz previsão de crescimento econômico para 3,08% em 2021





Essa foi a sexta queda consecutiva na projeção do PIB. Há um mês, era esperado avanço de 3,23%

As previsões dos economistas do mercado financeiro para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano recuaram para 3,08%, ante 3,17% esperado na semana passada. Essa foi a sexta queda consecutiva na projeção para o desempenho do indicador. Há um mês, era esperado avanço de 3,23%.

Os números são do Boletim Focus do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (12). O documento reúne a estimativa de mais de 100 instituições do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos. 

Se confirmada a alta prevista para o PIB de 2021, a economia brasileira pode recuperar parte da queda de 4,1% registrada na atividade em 2020. A recessão do ano passado foi puxada pelos impactos econômicos da pandemia de Covid-19 e das medidas de isolamento social. Assim, a alta do PIB este ano também está condicionada à melhora no cenário da crise sanitária e ao avanço da vacinação.

Inflação e Selic

Em nova alta, o mercado já vê a inflação de 2021 em 4,85%. Até a semana passada a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) estava 4,81%.

Ainda que acima do centro da meta — 3,75% —, a expectativa ainda está dentro do limite superior da meta inflacionária. Fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta tem uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o IPCA deve ficar entre o piso de 2,25% e o teto de 5,25%. 

Este ano, o BC calcula 41% de chance para a inflação furar o teto. Para perseguir o centro da meta, o BC eleva ou reduz a taxa básica de juros, a Selic. 

Assim, com o aumento das projeções para a inflação, o BC elevou a taxa para 2,75% ao ano, na última reunião. Até então, a Selic se encontrava na mínima histórica, a 2% ao ano.

Com a alta mais forte do que o esperado pelo mercado, os economistas também elevaram a expectativa para a Selic até o fim de 2021. A previsão é que a taxa alcance os 5,25% ao ano.

 

Fonte: CNN Brasil